O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, negou que seja necessário reforçar a segurança dos Estados para combater o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Durante uma oitiva no Senado Federal, parlamentares da oposição indagaram sobre as ações do MST contra produtores rurais. O representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, afastou a ideia de que as ações do movimento tenham natureza terrorista. “Não temos grupo terrorista no Brasil”, disse. “Não temos conhecimento de nenhum grupo terrorista, de nenhum grupo proscrito, então fica para a política. Fica para o debate.” O ministro de Lula ainda defendeu o movimento invasor. “Tenho conhecimento de ações do MST, como cooperativas que produzem leite, que produzem arroz orgânico, produtos industrializados com muito mérito”, disse. “O Estado brasileiro tem o dever de atender todos aqueles que têm legítimas demandas.” A presença de Teixeira no Senado ocorre em meio ao “Abril Vermelho”, período em que o MST promove série de invasões pelo Brasil. Até o momento, a edição de 2025 contabiliza 23 propriedades tomadas pelos invasores. As áreas na mira do grupo estão espalhadas por 10 Estados. Aparelhamento pelo MST A relação entre o governo Lula e o MST virou assunto durante a reunião. O movimento exerce influência sobre 20 das 30 superintendências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Teixeira evitou responder sobre o controle das ações do Incra, incluindo o mapeamento de assentamentos e a entrega de títulos fundiários. Com dois anos à frente da pasta, Teixeira responsabilizou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pela ausência de dados no ministério. Revista Oeste Visualizações 175 Anúncios