Por ANITA FLEXACem pessoas foram presas no Amapá em março – o mês da mulher – durante a ação nacional de combate ao feminicídio e violência doméstica, a Operação Átria.Este e outros dados foram divulgados por representantes das forças de segurança pública, na manhã desta segunda-feira (1), em coletiva de imprensa na Delegacia Geral da Polícia Civil, no Centro de Macapá. Eles analisaram o balanço da Operação Átria, que aconteceu no mês de março em todos os municípios do Amapá.Segundo a polícia, 1.101 diligências foram realizadas com 100 prisões, 11 armas de fogo apreendidas, 683 procedimentos policiais e 175 exames periciais. A estrutura da operação teve 117 policiais e 23 viaturas. Segundo a coordenação, 10.861 pessoas foram alcançadas.A delegada Marina Guimarães, coordenadora da Átria no Amapá, considera que esses números representam eficácia, resultados de ações da polícia não somente repressivas, mas preventivas através de atividades educacionais, como palestras em escolas e panfletagem em bairros com alto índice de violência contra a mulher, além de ações de mídias digitais.Forças de segurança pública divulgaram o balanço das ações no Amapá. Foto: Anita Flexa“Essa ação já está gerando resultados positivos, em comparação ao ano de 2023, tivemos uma baixa de índice de crimes de feminicídio e estupro aqui no Amapá. É importante evidenciar que também estamos realizando palestras com os homens para que se conscientizem de que a mulher não é sua propriedade. Estivemos no IAPEN com uma palestra e um interno que foi preso por violência doméstica deu o seu testemunho e chorou com a gente, porque além de perder a liberdade dele, ele perdeu a família”, afirma a delegada.A operação passou por diversos municípios, entre eles o de Pedra Branca do Amapari e chegou até aldeias indígenas, uma delas foi a Waijãpi.“A novidade da ação deste mês foi que conseguimos chegar no Bailique e até em aldeias indígenas daqui do estado para orientar e conscientizar que acima das normas culturais daquele local, estão os direitos humanos, principalmente o direito das mulheres. E assim a polícia vai intervir em prol da segurança de todas as vítimas e seu núcleo familiar”, afirma Waldenice Santos, tenente e coordenadora da Patrulha Maria da Penha, da PM.Blitz educativas foram realizadas no período. Foto: Divulgação Foram realizadas, ainda, rodas de conversa e blitzs, além da fiscalização de medidas protetivas de urgência, cumprimento de mandados de prisão, instauração e conclusão de inquéritos policiais.“Esses números representam um significado essencial para o nosso trabalho, especialmente quando tratamos de violência de gênero. É um assunto que ainda temos que trabalhar muito para alcançarmos os melhores números possíveis. Isso sempre vai ser uma constante no ambiente da segurança pública”, conclui Cézar Vieira, delegado-geral da Polícia Civil.Delegada Marina Guimarães, coordenadora da Átria no Amapá. Foto: Anita FlexaSobre a operaçãoA Operação Átria, é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, em parceria com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), foi coordenada no estado pela Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM) da Polícia Civil com apoio da Polícia Militar.
Operação de combate à violência contra a mulher prendeu 100 pessoas
postagem anterior