A ação, denominada Operação Mandare, ocorreu após investigações embasadas em informações obtidas pelo setor de inteligência do Iapen que, posteriormente a uma revista em um dos pavilhões, juntamente com a Ficco, conseguiu identificar um núcleo responsável pelo recrutamento de novos integrantes para um determinado grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas no Amapá, além de influenciar diversos crimes violentos em todo o estado.
“Este núcleo tinha como principal objetivo o recrutamento de pessoas que já estavam cumprindo pena no Iapen e possuía um esquema elaborado para organizar a inscrição dos novos membros e seus respectivos ‘apadrinhamentos’. Além do cadastro de novos integrantes, os investigados são suspeitos de coordenar o tráfico de drogas e a comercialização de armas de fogo em Macapá e região metropolitana”, explicou o delegado da Polícia Federal, Carlos Lamoglia.
Durante a vistoria no Iapen foram encontrados celulares, carregadores, porções de entorpecentes, objetos cortantes improvisados, uma pistola e munições.
As pessoas abordadas pelos cumprimentos dos mandados podem responder pelos crimes de integrar grupo criminoso, tráfico de drogas e de armas. As penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão no sistema penitenciário e mais pagamento de multa.
Força Integrada
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) do Amapá é coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e conta com trabalho de cooperação de ações, investigação e inteligência da Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Polícia Científica, Polícia Penal do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A operação desta sexta-feira contou ainda com a participação da equipe do Canil do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar.