O registro de crescimento da safra no Amapá apontado pelos últimos dados divulgados neste mês de setembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de referência 2022/2023 vai ao encontro das estratégias adotadas pelo Governo do Estado no desenvolvimento da produção agrícola e do agronegócio.
Segundo a Conab, o milho e a soja, que têm sido os principais impulsionadores da agricultura de grãos no Amapá, registraram um aumento de 13% e a área plantada 11,7%. Esse crescimento deve ser considerado, mas ainda está longe da meta de 40% que o estado pretende alcançar em dois anos.
Para atingir o objetivo, em oito meses de gestão, o Governo do Amapá vem implementando estratégias abrangentes para garantir a regularização fundiária e o licenciamento ambiental, entre outras ações.
“Estamos trabalhando para fortalecer as políticas públicas no setor agrário para beneficiar o produtor da agricultura familiar, quando do agronegócio, que são o nosso ‘ouro renovável’, e que todo ano geram empregos, renda e alimento para a nossa população. Todos são importantes para o crescimento da produção agrícola do nosso estado”, enfatiza o governador Clécio Luís.
O vice-governador, Antônio Teles Júnior pontua que além das medidas para fomentar o desenvolvimento de práticas ambientais já desenvolvidas, há uma busca por ampliar e dar visibilidade para o potencial agrícola do Amapá e que a pretensão é chegar ao final desse ano com quase 10 mil hectares licenciados, para plantio de grãos, ressaltando que ainda é pouco, mas já é o início de uma retomada para o avanço nesse mercado, que hoje é o principal setor da agricultura.
“O Governo tem buscado o diálogo com empresários de outros estados e também estimular os empresários locais a migrarem para outros setores da economia como o agronegócio, trabalhando uma política articulada, entre elas, a do agro, em que a gente tem feito um esforço muito grande para que o Amapá se consolide como a nova fronteira agrícola do Brasil”, disse Teles Júnior.
Dados do Conab
Safra, setembro 2022/2023
- Área plantada
Norte – 15,2
RR – 20,0
RO – 20,0
AC – 2,2
AM – 1,0
AP – 11,7
PA – 16,0
TO – 12,8
- Grãos, milho e soja
Norte – 17,5
RR – 16,6
RO – 20,4
AC – 3,2
AM – 15,3
AP – 13,0
PA – 18,7
TO – 15,9
Licenciamento e regularização
No processo de licenciamento ambiental houve o aprimoramento dos termos de referência que contemplam diversas atividades econômicas geradoras de impactos ambientais, e que, após passarem por consulta pública para que pudessem receber contribuições e sugestões, foram disponibilizados de maneira definitiva à sociedade.
A iniciativa buscou deixar os documentos, elaborados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), mais claros e transparentes, garantindo mais celeridade e segurança política, jurídica e ambiental.
Os esforços também têm se concentrado na regularização fundiária, com 12 glebas repassadas e registradas em nome do estado, o que permite o início da emissão de títulos definitivos e também da declaração de reconhecimento de posse.
Força rural
O Amapá também abriga uma vertente forte na fruticultura, que também será impactada pela política de expansão de terras, assim como outras culturas incluídas no Programa de Produção Integrada (PPI), como cacau, sistemas de agrofloresta, açaí irrigado e o projeto Reniva, que está aumentando a produtividade da mandioca entre os produtores locais.
As ações refletem o compromisso do Governo do Amapá com a promoção do desenvolvimento econômico alinhado com o respeito ao meio ambiente, considerando a produtividade e o potencial agrícola.
Projeto Reniva
Reniva é uma estratégia organizacional de produção em escala comercial de materiais de plantio de mandioca com o objetivo de difundir, por meio de uma rede devidamente articulada para multiplicação, a transferência de manivas-semente de mandioca com garantida qualidade genética e fitossanitária, tanto para pequenos agricultores familiares quanto para os grandes agricultores das principais regiões produtoras de mandioca em todo o território nacional.
O Projeto Reniva no Amapá, foi implantado em 2022, agregando os diversos elos da cadeia produtiva, realizado através da parceria que envolve a Embrapa e o campus Região dos Lagos da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), que também atende aos municípios de Tartarugalzinho, Pracuúba e Calçoene. O trabalho conta com apoio das prefeituras.
PPI
Tanto agricultores quanto pecuaristas recebem do Governo do Amapá, por meio do Programa de Produção Integrada de Alimentos (PPI), incentivos para ampliação e comércio dos produtos.
O PPI Safra 22/23 já entregou para 230 avicultores cerca de 115 toneladas de ração à base de farelo de milho adquiridas no mercado local. O alimento é utilizado no primeiro ciclo de criação de galinhas caipiras, com investimento de cerca de R$ 275 mil.