Por LEONARDO MELOUm homem acusado de furtar um celular foi torturado até a morte para confessar o crime e devolver o aparelho. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Amapá no município de Porto Grande, cidade a 105 km de Macapá. Dois adolescentes e um maior de idade foram detidos e o caso foi tratado em audiência de custódia hoje (1º).A prisão e as apreensões em flagrante do maior e dos dois adolescentes envolvidos no homicídio de Edivanei Sales dos Santos, o “Risadinha”, de 44 anos, ocorreram na noite do último sábado (29), horas depois do crime.Os menores envolvidos têm apenas 14 anos, e teriam participado ativamente do espancamento e morte da vítima no Bairro do Aeroporto. O maior preso tem 24 anos.As investigações iniciaram com a descoberta do corpo numa calçada, por volta das 21h do sábado. O cadáver tinha sinais de violência espancamento e facadas.Informações de populares levaram aos adolescentes e ao adulto. Na delegacia, eles confessaram o crime.A tortura teria durado horas.“Com o escopo (objetivo) de localizarem um celular que supostamente estaria com ela. O adulto preso responderá pela prática do crime de tortura com resultado morte e corrupção de menores. Os dois adolescentes menores responderão por ato infracional análogo ao crime de tortura com resultado morte”, explicou o delegado Aldarlon Santos, que preside o inquérito.Adulto confessou crime na delegacia. Foto: Ascom/PCNa audiência de custódia, o magistrado acatou parecer do Ministério Público e entendeu que os adolescentes podem responder em liberdade, apesar do pedido do delegado pela busca e apreensão. Um deles já responde por estupro. O adulto tinha sido preso na semana passada por furto, mas foi liberado na audiência de custódia. Nesta terça-feira (1º), ele teve a prisão flagrante convertida em preventiva, e será encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). A própria vítima, Risadinha, tinha passagem por furto, foi beneficiada recentemente por decisão da justiça.
Acusado de furtar celular foi torturado até a morte, diz polícia
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