Lar Politica Após ser confirmado como novo ministro, Pedro Lucas coloca ‘sim’ ao governo em dúvida

Após ser confirmado como novo ministro, Pedro Lucas coloca ‘sim’ ao governo em dúvida

por webradiobrasil
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A nomeação do deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) para o Ministério das Comunicações, anunciada pelo governo federal na quinta-feira (10), abriu um novo capítulo na disputa interna do União Brasil e revelou o delicado equilíbrio político entre o Palácio do Planalto e a base aliada no Congresso. Pedro Lucas foi indicado para substituir Juscelino Filho (também do União Brasil-MA), que deixou o cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por suposto envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares. A escolha foi articulada diretamente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que levou o nome do parlamentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião no Palácio da Alvorada. A nomeação foi confirmada publicamente pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Segundo ela, Pedro Lucas aceitou o convite, mas pediu um prazo até o fim do feriado de Páscoa para organizar sua saída da liderança do União Brasil na Câmara dos Deputados. Apesar da sinalização positiva dada ao governo, o deputado divulgou uma nota na manhã desta sexta-feira (11) afirmando que ainda precisa dialogar com a bancada do União Brasil antes de tomar uma decisão definitiva. “Qualquer definição será construída coletivamente, em diálogo com a bancada do União Brasil na Câmara, da qual tenho a honra de ser o líder”, afirmou o deputado, em tom cauteloso. O gesto foi interpretado por aliados do Planalto como uma tentativa de preservar a unidade dentro do partido e respeitar a base que o elegeu líder da legenda. A bancada do União Brasil na Câmara é marcada por divisões internas e pressões divergentes quanto ao apoio ao governo Lula. A possível ida de Pedro Lucas ao ministério acirrou a disputa por sua sucessão na liderança do União Brasil na Câmara. O presidente do partido, Antônio Rueda, tenta manter influência sobre o posto e articula para que a escolha do novo líder não represente um distanciamento do governo. Um dos nomes mais cotados para assumir a liderança é o deputado Mendonça Filho (União-BA), vice-líder da oposição, visto como uma ameaça à articulação pró-governo dentro da legenda. A liderança do União Brasil na Câmara é estratégica, não apenas por seu peso nas votações, mas também pela influência na distribuição de emendas parlamentares. O União Brasil vive um momento de forte fragmentação. A bancada da legenda é formada por deputados com diferentes posições em relação ao governo. Parte significativa apoia projetos de interesse do Planalto, enquanto outra ala — ligada à direita — defende o rompimento com a base aliada. A crise foi agravada após a eleição interna para a liderança da bancada, em que Pedro Lucas venceu com apoio direto de Rueda e Alcolumbre, derrotando nomes da ala mais conservadora. A substituição de Juscelino Filho por Pedro Lucas também mobilizou discussões sobre uma eventual tentativa de recolocar o ex-ministro na liderança da bancada, o que foi rapidamente rechaçado por parte dos parlamentares diante da denúncia contra ele. Até que Pedro Lucas oficialize sua decisão, o Ministério das Comunicações segue sob o comando da secretária-executiva Sônia Faustino Mendes. A expectativa no Planalto é que o novo ministro assuma o cargo formalmente após a Páscoa. Enquanto isso, seguem as articulações nos bastidores da Câmara para definir o novo líder da terceira maior bancada da Casa. Visualizações 78 Anúncios

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