O diabo é o pai da mentira: As promessas não cumpridas de Bolsonaro
Entre as principais mentiras de Bolsonaro, destaca-se o compromisso de não negociar com o chamado “Centrão”, grupo de parlamentares que ele criticava duramente. No entanto, ao perceber que precisava de apoio no Congresso, entregou cargos e verbas bilionárias ao bloco, tornando-se refém do esquema de fisiologismo que dizia combater.
Na economia, o ex-presidente prometeu privatizações em massa e um crescimento robusto do país, mas entregou um Brasil com alta inflação, desemprego elevado e uma tímida agenda de privatizações. Seu ministro da Economia, Paulo Guedes, falou em zerar o déficit público, mas o governo terminou com rombos fiscais e aumento da dívida pública.
Outra promessa não cumprida foi o compromisso com o combate à corrupção. Após a eleição, Bolsonaro desmantelou a Operação Lava Jato, interveio na Polícia Federal para proteger aliados e teve filhos e assessores investigados por esquemas de rachadinha e uso indevido de dinheiro público.
Além disso, Bolsonaro prometeu que não haveria “toma lá, dá cá” e que governaria para todos. Mas perseguiu adversários políticos, atacou a imprensa e tentou aparelhar órgãos públicos. Durante a pandemia da Covid-19, minimizou a doença, incentivou o uso de medicamentos sem comprovação científica e atrasou a compra de vacinas, resultando na morte de milhares de brasileiros.
O ex-presidente ainda assegurou que o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, seria permanente e de R$ 600, mas não garantiu recursos para sua continuidade após o fim do governo. A promessa ficou para o sucessor resolver.
Diante de tantas contradições e promessas vazias, Bolsonaro se tornou um símbolo de um governo que vendeu ilusões e entregou frustrações. A história, no entanto, não perdoa – e os fatos continuam a desmontar o mito.
por: JEAN BAMBAM
COMUNICADOR DIGITAL
