O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou, na quinta-feira (27), o deputado bolsonarista Ricardo Arruda a se retratar publicamente e a indenizar o Partido dos Trabalhadores (PT) e a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, por danos morais. A decisão judicial se deu por conta de uma publicação feita pelo parlamentar em outubro de 2024.
“Pessoal, olha ela de novo aí, a presidente do PT, a tal da amante. Olha aí ela esbravejando porque ouviu a verdade. Nenhum esquerdista suporta ouvir a verdade. Todos sabem que, na campanha, na eleição do Lula, quando ele venceu, todos os presos e todos os presídios do Brasil comemoraram a vitória do Lula. E com o Boulos, não é diferente. Então, você que me acompanha, dê sua opinião e compartilhe”, mentiu Arruda, à época.
A defesa de Gleisi alegou que o bolsonarista “buscou descredibilizar seu discurso” ao tachá-la de “amante”, e que tal classificação machista ostenta “cunho sexual pejorativo”, transformando-a em “mero objeto sexual”.
Já o PT processou Arruda por “vincular o partido ao crime organizado nas eleições de 2022”.
Segundo a decisão do TJDFT, “as falas do requerido colocam as partes em situação vexatória e de extremo constrangimento social, agravado pelo fato de ele possuir mais de 267 mil seguidores em suas redes sociais, o que multiplica o potencial de disseminação”.
Além da retratação pública, o deputado do PL está obrigado a pagar indenizações no valor de R$ 7 mil a Gleisi e ao PT.
Da Redação