Legislativo Amapaense: Fiscalização ou Conivência?
Enquanto a Prefeitura de Macapá e o Governo do Estado do Amapá vivem sob constante escrutínio da população e da imprensa, os verdadeiros responsáveis pela fiscalização dessas gestões — vereadores e deputados estaduais — seguem, em sua maioria, confortavelmente no anonimato.
Na Câmara Municipal de Macapá, ainda há embates e cobranças pontuais, refletindo pelo menos um mínimo de interesse na melhoria da capital. Mas na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), o silêncio impera. Parece que, para os deputados estaduais, tudo anda às mil maravilhas, sem crise, sem problemas, sem necessidade de fiscalização rigorosa.
A exceção à regra parece ser o deputado R. Nelson, que tem se destacado como um dos poucos a levantar questionamentos e cobrar transparência do governo estadual. E os demais? O que fazem?
O problema maior não está apenas na omissão dos parlamentares, mas também na passividade da população. O amapaense se acostumou a responsabilizar exclusivamente a Prefeitura e o Governo do Estado por todas as falhas da administração pública, esquecendo que a fiscalização dessas instâncias cabe justamente a quem deveria representar o povo.
Enquanto os eleitores não exigirem postura firme de seus representantes, vereadores e deputados continuarão usufruindo de suas regalias, sem prestar contas, sem encarar questionamentos, sem a pressão necessária para que façam jus aos cargos que ocupam.