Senador Lucas Barreto denuncia articulações para criação de mega reserva marinha que pode impactar o Amapá
Em um vídeo publicado recentemente nas redes sociais, o senador Lucas Barreto levantou uma grave denúncia que pode afetar diretamente o futuro do Amapá e de seu povo. Segundo o parlamentar, organizações não governamentais (ONGs) e a Universidade de São Paulo (USP) estariam articulando a criação de uma imensa reserva marinha que se estenderia do limite entre o Amapá e a Guiana Francesa até o Piauí, abrangendo uma área de 35 milhões de quilômetros quadrados. A proposta, segundo Barreto, proibiria até mesmo a pesca na região, impactando milhares de famílias que dependem dessa atividade para sobreviver.
O senador destacou que essa iniciativa faz parte de uma pressão internacional para impedir a exploração de petróleo na costa do Amapá, uma região rica em recursos naturais. Ele comparou a situação com a Venezuela, que detém cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo, e com a Guiana, país vizinho que viu seu Produto Interno Bruto (PIB) crescer 48 vezes após o início da exploração de petróleo, atingindo US$ 40 bilhões no ano passado.
“Na nossa costa, já sabemos que a reserva é trilhonária. É o que eles chamam de ‘grande prêmio’. Estima-se que haja 1 milhão de metros cúbicos de gás natural. Enquanto isso, o Amapá, um dos estados mais preservados do Brasil, continua sendo um dos mais pobres. Isso é um paradoxo ambiental: quanto mais preservado, mais pobre é o povo”, afirmou Barreto.
O parlamentar reforçou que o objetivo não é promover a degradação ambiental, mas sim buscar o desenvolvimento sustentável do estado. “Não queremos derrubar uma única árvore, nem uma folha. Queremos, sim, explorar nossas riquezas de forma responsável para gerar emprego, renda e melhorar a qualidade de vida do nosso povo”, declarou.
A denúncia do senador levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico. Enquanto o Amapá possui um dos maiores índices de cobertura vegetal preservada do país, a população local enfrenta desafios como falta de emprego, infraestrutura precária e baixos índices de desenvolvimento humano.
Barreto alertou ainda para o risco de o Brasil perder a soberania sobre suas riquezas naturais caso essas pressões internacionais prevaleçam. “Não podemos permitir que interesses externos decidam o futuro do nosso estado. O Amapá tem o direito de explorar seus recursos de forma sustentável e garantir um futuro melhor para seus cidadãos”, concluiu.
A situação tem gerado preocupação entre moradores e lideranças locais, que aguardam respostas concretas das autoridades sobre os rumos desse embate entre preservação e desenvolvimento. Enquanto isso, o debate sobre o futuro da costa do Amapá e suas riquezas naturais promete se intensificar nos próximos meses.