Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recebe diretoria da CONIB para discutir combate ao antissemitismo no Brasil

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recebe diretoria da CONIB para discutir combate ao antissemitismo no Brasil

Brasília (DF) – O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), recebeu nesta quarta-feira (26), na Residência Oficial do Senado, a diretoria da Confederação Israelita do Brasil (CONIB) para uma visita institucional. O encontro teve como principal pauta a preocupação com o crescimento do antissemitismo no país e a necessidade de avanços legislativos para garantir maior proteção à comunidade judaica.

A comitiva, liderada pelo presidente da CONIB, Dr. Claudio Lottenberg, parabenizou o senador por assumir novamente a presidência do Senado, destacando a importância histórica de sua posição como o primeiro judeu a ocupar o cargo. Durante a reunião, foram apresentadas mensagens e conteúdos de teor antissemita que circulam nas redes sociais, evidenciando a escalada do discurso de ódio contra a comunidade judaica no Brasil.

Além de manifestar preocupação com esse cenário, os representantes da CONIB buscaram o apoio do presidente do Senado para impulsionar mudanças legislativas que tipifiquem no Código Penal crimes relacionados ao antissemitismo, a negação do Holocausto e o terrorismo. A proposta visa fortalecer a legislação brasileira para combater com mais rigor a propagação de discursos de ódio e ameaças contra a comunidade judaica.

O encontro contou com a presença dos dirigentes da CONIB, incluindo Sergio Napchan, Rony Vainzof, Andrea Vainer e Octavio Aronis. A reunião reforça o compromisso do Senado em promover o respeito à diversidade religiosa e a luta contra qualquer forma de intolerância e discriminação no país.

Antissemitismo é o preconceito, hostilidade ou discriminação contra judeus. Na sua forma mais extrema, “atribui aos judeus uma posição excepcional entre todas as outras civilizações, difamando-os como um grupo inferior e negando que eles sejam parte da(s) nação(ões) em que residem”.[1] A pessoa que defende este ponto de vista é chamada de “antissemita”. O antissemitismo é uma forma de racismo.[2]

O antissemitismo é manifestado de diversas formas, indo de expressões individuais de ódio e discriminação contra indivíduos judeus a violentos ataques organizados (pogrons), políticas públicas ou ataques militares contra comunidades judaicas. Entre os casos extremos de perseguição, estão a chacina de 1066 em Granada, os massacres na Renânia que precederam a Primeira Cruzada de 1096, o Édito de Expulsão da Inglaterra em 1290, os massacres dos judeus espanhóis em 1391, as perseguições das Inquisições Portuguesa e Espanhola, a expulsão da Espanha em 1492, a expulsão de Portugal em 1497, o massacre de Lisboa em 1506, os massacres pelos Cossacos na Ucrânia de 1648 a 1657, diversos pogrons no Império Russo entre 1821 e 1906, o Caso Dreyfus em França (1894-1906) e o Holocausto perpetrado pela Alemanha Nazista, políticas soviéticas antijudaicas sob Estaline[3][4] e o envolvimento árabe e muçulmano no êxodo judaico dos países árabes e muçulmanos.

Embora a etimologia possa sugerir que o antissemitismo é direcionado a todos os povos semitas, como árabes e assírios, o termo foi criado no final do século XIX na Alemanha como uma alternativa com aparência mais científica para Judenhass (“Aversão a judeus”), sendo utilizada amplamente desde então.[5][6]

Postagens relacionadas

Estudantes do IFAP conhecem obras do 1° Hospital Geral e Maternidade Municipal de Macapá

A Prefeitura de Macapá, liderada pelo prefeito Furlan ao lado de sua esposa, a Dra. Rayssa Furlan, inaugura a segunda unidade da Clínica-Escola Coração Azul

Ex-deputada Maria Góes é homenageada na Assembleia Legislativa do Amapá