Império do Povo aborda grafismo indígena em homenagem ao povo Wajãpi

A Associação Recreativa Escola de Samba Império do Povo, do município de Santana, desfila pela Avenida Ivaldo Veras, no Sambódromo de Macapá em 2025 com o enredo: ‘Kusiwa – O Caminho Desenhado Sobre a Pele’. com grafismos indígenas que levam uma homenagem ao povo Wajãpi.

A escola do grupo especial que levou também o título de campeã em 2024, passa pela avenida no dia 28 de fevereiro às 3h20, com o destaque a ancestralidade do povo nortista.

“Nós vamos tratar sobre o grafismo indígena Wajãpi, que é um tesouro muito grande para nós, amapaenses. É uma honra falar sobre esse patrimônio, porque somos um povo originário, com raízes muito fortes nos povos indígenas. A Império do Povo está preparando um espetáculo muito superior ao desfile do Carnaval de 2024, e tem muita surpresa vindo por aí, desde alas coreografadas até inovações nas alegorias e fantasias”, disse o presidente da escola Wesley Braga.

Histórico

 

Império do Povo foi fundada em 3 de fevereiro de 1993, em Santana. Estreou nos desfiles de Macapá em 1999 e desde então coleciona inúmeras conquistas no carnaval amapaense.

Entre seus títulos, destacam-se: Campeã do Grupo de Acesso em 2004; Campeã do Grupo Especial em 2008; Vice-campeã do Grupo Especial em 2010; Campeã do Grupo de Acesso em 2023; Campeã do Grupo Especial em 2024, ano em que teve o prêmio dividido com a Piratas da Batucada por empate técnico.

Presidentes da Império do Povo e Piratas da Batucada levantam o troféu de campeões — Foto: Isadora Pereira/g1

A escola levou em 2024 o enredo: “A Folia da Mãe de Deus da Piedade” dando destaque as cores e elementos que marcam a escola como a águia dourada.

Letra do samba enredo da Império do Povo:

 

“Kusiwa – O Caminho Desenhado Sobre a Pele”
Compositores: Luido, Rafael Esteves, André Félix, Tomaz Mocidade, Luiz Neto do Salgueiro e Marcinho do Pandeiro

Ê Kusiwa
Wyrau bradará liberdade
Ê Ê Kusiwa
Império do Povo é Força e Coragem

Janejarâ o criador
Jimi´a puku ecoou… pra trazer a harmonia
O mal que devorava bicho e gente,
Tukã-moj foi vencida, restaurando a sintonia
A existência veio sem cor
Wyrakawa celebrou
Pintando as cores da serpente
Os ancestrais perpetuaram a tradição
O real e o invisível hoje tem a ligação

Vem, chegando os Pajés pelos igarapés
No Oiapoque, Jari e Araguari
Resguardar o equilíbrio
Preservando a terrados Wajãpi

Caminho do risco, pincéis embebidos em tinta,
Marcado no corpo e na alma da gente, contornos, misturas
A escolha reflete as vãs criaturas
Evocação do material, uso espiritual
Poder da sedução, urucum, jenipapo e carvão
Inspiração nos animais,
Jakare, Yo, Panã, Jawi
Esses são trações, matizes, cultura dos Wajãpi

Chama… da resistência ainda emana
Grafado em armas contra os Karaikõs
Sabedoria em forma de expressão, repassando, a tradição
O Império é o pintor desenhando no povo
O desejo de ser campeão de novo. (Ê Ê.)

Veja a ordem dos desfiles

 

Dia 28 de fevereiro (sexta-feira) – 1º dia

Grupo de Acesso

 

Grupo Especial

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