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Vicente Cruz aborda a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação da Polícia Federal reuniu provas, incluindo gravações e depoimentos, que apontam para um planejamento sistemático de ruptura institucional.
Especialistas destacam que Bolsonaro, desde sua trajetória no Exército, flertava com ideias autoritárias e, durante seu governo, cercou-se de aliados que defendiam uma intervenção militar. A mobilização de apoiadores em eventos como as manifestações de 7 de setembro e a invasão da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 reforça a tese da PGR de que ele não apenas tolerou, mas incentivou atos golpistas.
No âmbito jurídico, sua condenação dependerá da força das provas apresentadas. Enquanto a defesa nega qualquer ação contra a democracia, a prisão de auxiliares próximos e documentos apreendidos indicam tentativas concretas de reverter o resultado das eleições de 2022. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar prisão e um afastamento definitivo da política institucional. O caso representa um teste para as instituições democráticas do país, cujo desfecho será decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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