Limpeza étnica em Gaza
Em entrevista às rádios baianas Metrópole e Sociedade, nesta quinta-feira (6), o presidente Lula lembrou que foi um dos primeiros líderes mundiais a denunciar o genocídio do povo palestino pelo governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e criticou o imperialismo estadunidense, revigorado em 2025 pela chegada de Trump ao poder em Washington. O presidente dos EUA quer expulsar os árabes da Faixa de Gaza, tomar o território e transformá-lo na “Riviera do Oriente Médio”, palavras do republicano.
“Os EUA, a vida inteira, passaram a ideia para a humanidade que eram o símbolo da democracia. Passou a ideia de que os EUA eram o xerife do mundo. De repente, elege um presidente da República que faz questão de, todo dia, dizer uma anomalia: um dia, ele vai ocupar o Canal do Panamá; outro dia, ele vai ocupar a Groenlândia; outro dia, ele vai anexar o Canadá; outro dia, ele vai tratar o povo palestino como se o povo palestino não fosse ninguém”, condenou Lula.
“O que precisa fazer na Palestina é criar o Estado palestino e dar decência àquele povo palestino, que não pode ser tratado como se fosse lixo”, prosseguiu, antes pedir mais empatia, humanismo e fraternidade. “Ninguém vai fazer um lugar bonito em cima de milhares de cadáveres de mulheres de crianças.”