O governador do Amapá, Clécio Luís, recebeu nesta terça-feira, 26, no Palácio do Setentrião, a visita de arquitetos do escritório de Jaime Lerner, urbanista brasileiro que foi um dos principais percussores do conceito de “acupuntura urbana”, que dá novo significado à milenar medicina chinesa mas no campo da arquitetura, propondo intervenções pontuais para transformar cidades, modelo já aplicado em obras realizadas pelo Governo do Estado.
A ideia central é que ter intervenções estratégicas, semelhantes a agulhas de acupuntura, para desencadear mudanças significativas, curando e revitalizando as “enfermidades” das cidades, potencializando a comunidade ao redor e a cadeia de serviços como o turismo, criando impacto social, ambiental e cultural.
“Eu não imaginava encontrar uma pessoa aqui em Macapá, na figura do governador Clécio Luís, que ensinasse ao Jaime Lerner e a mim, com maestria, o que significa acupuntura urbana. Virou nosso professor”, brincou Fernando Canalli.
“Foi o que fizemos no Município e estamos traduzindo agora para o estado. São pequenas intervenções com um papel terapêutico para a cidade. São pontuais, geralmente de baixo custo, mas irradiam efeitos para a cidade, gerando bem-estar e mobilizando as pessoas a cuidar. É como quando sentimos dor, fazemos acupuntura e saímos melhores”, destaca o governador Clécio Luís.
O termo “acupuntura urbana” foi originalmente cunhado pelo arquiteto finlandês Marco Casagrande, que uniu a teoria médica chinesa à concepção de design urbano. O encontro, no Palácio do Setentrião, contou ainda com o secretário de Infraestrutura do estado, David Covre, e equipe.
Jaime Lerner
Fundador do Instituto Jaime Lerner e da Jaime Lerner Arquitetos Associados, presidiu a União Internacional dos Arquitetos entre 2002 e 2005. Seu trabalho inclui planos urbanísticos para diversas cidades brasileiras como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador, Aracaju, Natal, Goiânia, Campo Grande e Niterói.
Livro ″Acupuntura Urbana″, lançado por Lerner em 2003