Nesta segunda-feira, (4), a Prefeitura de Santana, através da Companhia Docas de Santana (CDSA), assinou um Protocolo de Intenções com a Comissão Administrativa da Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Zhuhai, Zhuhai, Cantão/CN, da China. O estreitamento das relações internacionais deverá contribuir para o fortalecimento econômico do Amapá e consequentemente, do município.
O acordo visa estabelecer uma cooperação estratégica a longo prazo entre o Porto de Santana e o Porto de Gaolan. Ele abrangerá áreas como desenvolvimento de rotas marítimas, logística integrada e troca de tecnologias. O protocolo representa um passo importante para fortalecer as relações comerciais entre Brasil e China, potencializando o desenvolvimento econômico de ambas as regiões.
“Essa cooperação é fundamental para o desenvolvimento, tanto da nossa região quanto a deles. O Brasil é muito preocupado com as questões ambientais e com a criação dessa rota marítima que irá também reduzir o preço do frete. Eles trazem fertilizantes e a gente exporta grãos ou até mesmo minérios. Em dezembro, se tudo ocorrer de maneira esperada, já vamos receber o primeiro carregamento com 75 de biofertilizantes. Ou seja, estamos começando e nos preparando para Santana se tornar uma base quando iniciar a exploração de petróleo no Amapá”, afirmou o prefeito Bala Rocha.
O Porto da CDSA, ao longo dos anos vem, obtendo recordes de exportação e movimentação. Em setembro deste ano, a CDSA embarcou cerca de 10 mil toneladas de caroços de açaí, que demonstra a capacidade da companhia e mostra o interesse internacional por produtos regionalizados. Huang Jian Ping, representante do governo chinês, destacou a importância da cooperação.
“Santana é uma cidade muito parecida com a nossa Zhuhai. Isso torna nossas cidades coirmãs e a cooperação entre o Brasil e a China já vem ocorrendo há muito tempo. Nós esperamos esse acordo há pelo menos 10 anos. Por isso, estamos muito felizes com esse negócio entre os dois povos”, afirmou.
Para o governador em exercício Teles Junior, o acordo aproxima o Brasil da China e fortalece a economia do país, principalmente o Amapá, onde Santana se beneficiará. A alternativa e o tempo de viagens tornam a rota da China com o Amapá, atrativa e de enorme potencial, pois será mais uma rota de ligação com mercados asiáticos e da região do caribe.
“Toda essa carga que chega aqui será comercializada no Brasil. Nos conectar ao centro produtivo da China, nos fortalece. O mercado internacional e principalmente a China já têm relações com o Brasil e agora, Santana se beneficia diretamente, porque daqui a China pode levar minério, grãos e outros produtos. É uma via de mão dupla”, destacou.
O Porto da CDSA, possui um dos cais de 200 metros de extensão com um calado de 12 metros de profundidade, além de um pátio com capacidade para 900 contêineres. Uma demonstração da capacidade portuária. O Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, esteve presente representando o Governo Federal e destacou a necessidade do acordo.
“A localização estratégica do porto de Santana é fator fundamental na decisão de escolher rotas que possam baratear o custo das operações de navegação desses países. Aqui no porto de Santana já se exporta pasta de cromita, minério de ferro, manganês, combustível entre outros. Então, eu vejo fundamental a consolidação desse acordo”, finalizou Góes.
Jonhwene Silva
Assessor de Comunicação/Prefeitura de Santana