O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, participou, nesta segunda-feira (4), ao lado de autoridades do governo chinês, da assinatura do protocolo de intenções entre a Companhia Docas de Santana, em Santana, no Amapá, e a Comissão Administrativa da Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Zhuhai, na China, responsável pela Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latina-Americana.
O acordo assinado define as diretrizes para a criação de uma rota marítima direta entre a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau ao Porto de Santana das Docas, reduzindo em 14 dias o tempo de transporte em comparação com as rotas tradicionais. A iniciativa posiciona o Porto de Santana como um hub estratégico entre Brasil e China, começando com a importação de biofertilizantes.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, sugeriu que o porto de Santana fosse utilizado para facilitar essa importação, contribuindo para o desenvolvimento regional, uma vez que a importação terá o Amazonas como destino inicial. Além de facilitar a importação de biofertilizantes, o protocolo também estabelece o Porto de Santana das Docas como um foco central para a entrada e saída de produtos entre Brasil e China. O objetivo é ampliar, futuramente, o escoamento de matérias-primas agrícolas produzidas no Amapá e em outras regiões do Brasil para a China.
“Hoje foi um marco nas relações entre China e Brasil. Em uma cerimônia histórica, foi assinado o acordo de cooperação, selando o compromisso de impulsionar o comércio entre os dois países. Esse acordo abre portas para uma nova rota marítima entre o Porto de Gaolan, na China, e o Porto de Santana. Essa parceria promete modernizar a infraestrutura, encurtar distâncias e criar um ecossistema único de cooperação e desenvolvimento sustentável”, destacou o ministro.
O prefeito de Santana, Bala Rocha, ressaltou a oportunidade de geração de emprego e renda. “A China vai exportar biofertilizantes para o Brasil, por meio do Porto de Santana, que vai ser espalhado pelo Brasil afora, principalmente, para a região Centro-Oeste, além de ficar também no Amapá, e, como contrapartida, nós enviaremos os grãos de soja, que recebemos no Porto de Santana, para China. Essa parceria vai gerar emprego, renda e oportunidades”, comemorou.
O primeiro lote do biofertilizante, que já foi testado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), será avaliado inicialmente no Amapá, e, posteriormente, haverá uma transferência de tecnologia por meio da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) para a produção local. Com esse objetivo, a universidade firmou acordo de cooperação com a Sino-Lac, empresa chinesa que conduz a Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latina-Americana.