A implementação de uma biorrefinaria para combustível de aviação comercial no município de Santana pode colocar o Amapá como exemplo de forte economia verde. O grupo empresarial responsável pela indústria apresentou ao governador Clécio Luís, nesta quarta-feira, 4, informações sobre o processo de instalação.
“Esse projeto abre caminhos. Nós queremos continuar preservando e protegendo, mas nós queremos produzir com segurança ambiental, jurídica e política, e nós vamos ser um grande exemplo para o mundo sobre produção sustentável de biocombustível. É uma indústria que vai gerar emprego e vai colocar o Amapá no cenário mundial na geração de energia verde para fazer rodar a frota mundial de aviões”, destacou o governador.
O encontro aconteceu durante a 53ª Expofeira, a maior feira de negócios da Amazônia, organizada pelo Governo do Amapá para impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.
O Amapá tem chamado atenção do mercado diante de políticas implementadas pela gestão estadual para destravar a economia, com segurança jurídica, política e ambiental, atraindo iniciativas como a da Bio+ Energy.
“A gente encontrou aqui um ambiente muito bom para acessar os serviços do estado. Isso tem sido uma vantagem muito grande. O Amapá tem uma posição geográfica privilegiada, por onde temos condições de levar o produto para outros estados e exportar para outros países. O investimento em biocombustível é um compromisso dos países para diminuir o aquecimento global. Agradecemos ao Governo do Amapá por estar nos dando condições de implantar essa indústria aqui”, afirmou o diretor técnico da Bio+ Energy, Gabriel Debellian.
A biorrefinaria vai produzir Combustível Sustentável de Aviação (SAF) a partir de matérias-primas renováveis como o farelo de soja, e se utilizará de incentivos fiscais proporcionados pela Zona Franca Verde. A iniciativa também visa fomentar pequenos e médios produtores do agronegócio e agregar valor ao manejo florestal sustentável por meio do aproveitamento de resíduos florestais.
Um protocolo de intenções foi assinado entre a empresa e o Governo do Estado em maio, simbolizando o empenho dos entes para implementar o projeto inovador no Amapá, desenvolvido desde 2023, com a meta de utilizar cerca de 2 milhões de toneladas de soja por ano para a produção do biocombustível.
Participaram da reunião de trabalho secretários de Governo e representantes da Associação de Produtores Rurais, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amapá (Sinduscon-AP), de empreendimentos agropecuários, da Plataforma Logística do Amapá, e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
