Acordo firmado entre a Rádio Difusora de Macapá (RDM) e o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap)

A comunicação objetiva, com clareza e linguagem simples e acessível a todos, foi a motivação para um acordo firmado entre a Rádio Difusora de Macapá (RDM) e o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) nesta terça-feira, 30. O documento determina que documentos e demais conteúdos de comunicação do tribunal sejam disponibilizados para transmissão na rádio.

O acordo de n. 031/2024 também inclui cartilhas, manuais, Ato Conjunto e demais ações da Justiça do Amapá, utilizando uma linguagem de fácil compreensão para a sociedade. A cooperação foi assinada pela diretora-presidente da RDM, a jornalista Ana Girlene Oliveira e o presidente do TJAP, desembargador Adão Carvalho.

A diretora-presidente da Rádio Difusora, Ana Girlene agradeceu ao Tjap pela confiança e garantiu que a equipe busca sempre levar aos ouvintes, redes sociais e ao site da emissora, uma comunicação de linguagem simples e que agora buscará reforçar a clareza e objetividade, levando a informação para todos os cidadãos.

“A acessibilidade é permitir que todos consigam entender, compreender, ter acesso e é simbólico esse termo de cooperação, que também vai nos orientar, capacitar e melhorar o nosso trabalho como comunicadores, como jornalistas, que sempre foi buscar uma forma de comunicação universal”, destacou Ana Girlene.

A diretora celebrou, ainda, o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela rádio no Amapá e pontuou que a tradicional emissora continuará à disposição para “traduzir” a linguagem jurídica para a simples, do dia a dia.

“Somos a rádio que se comunica com as populações mais distantes, com a comunidade ribeirinha, que tem um linguajar próprio e que espera de todos nós essa capacidade de tradução, ainda que tenhamos que estudar um pouco para compreender aquela palavra e encontrar de forma mais simples uma expressão para que a mensagem do Judiciário chegue até lá”, pontuou a diretora-presidente.

O presidente do Tjap, desembargador Adão Carvalho, ressaltou que a linguagem deve ser feita adequadamente para “o bom português”, sem ser vulgar, mas de forma que possa ser entendida, e destacou a importância da imprensa em levar as informações a todos.

“Temos que ser claros, objetivos, práticos em se comunicar. A língua portuguesa é muito rica, uma palavra tem, às vezes, dezenas de significados, então em um contexto você tem que se expressar de forma adequada. Por isso é importante, o português ser usado não vulgarmente, mas adequadamente e sem uso de expressões técnicas, exacerbadas, palavras de língua que não seja portuguesa”, reforçou o presidente.
O acordo segue as diretrizes do Pacto Nacional pela Linguagem Simples, lançado em dezembro de 2023 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também foi firmado em 22 de julho, o Acordo n.º 06/2024, entre a RDM, o Tribunal Regional Eleitoral e a Universidade Federal do Amapá, para desenvolver protocolos de simplificação da linguagem em documentos oficiais, disseminar informações em linguagem simples, promover treinamentos, capacitações e realizar campanhas de conscientização e garantir acessibilidade para pessoas com deficiência.

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