O governador Clécio Luís oficializou a entrega de 32 Autorizações de Exploração Florestal (Autex), na quarta-feira, 17, para pequenos produtores rurais que vão atuar com manejo florestal sustentável madeireiro e não madeireiro no Amapá. As licenças reativam 16 indústrias localizadas na cidade e nos municípios de Pedra Branca, Mazagão, Tartarugalzinho, Serra do Navio e Macapá, gerando 800 empregos diretos em um semestre e a possibilidade de 4 mil ocupações ao longo de oito meses.
A medida fortalece o setor madeireiro, considerado um pilar essencial da economia amapaense e que foi retomado na atual gestão como ferramenta para gerar emprego e renda usando os recursos naturais com responsabilidade ambiental. Em um ano e meio, foram emitidas mais de 60 autorizações em seis municípios do estado.
“Retomamos uma cadeia produtiva gigantesca que estava adormecida com o manejo florestal sustentável, que garante recursos a partir da nossa floresta e mantém ela viva e em pé para sempre. Estamos aqui para dar transparência a esse processo, que para acontecer, precisou de um plano que identificou árvore por árvore, onde diferente do desmatamento, a retirada é seletiva e não agride o meio ambiente”, destacou o governador Clécio Luís.
Atendendo o Plano de Governo da gestão, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) reestruturou os processos de licenciamento ambiental, com agilidade e segurança jurídica. O avanço garantiu que o agricultor Francisco Souza, da Vila Jerusalém, em Mazagão, pudesse abrir o empreendimento dele após 20 anos de tentativas.
“Tinha medo das multas, e sem esse documento a gente não consegue fazer nada legalizado. Recebi essa autorização em menos de 6 meses e agora posso finalmente produzir frutos como açaí, pupunha, cacau e cupuaçu em grande escala. Eu, que cheguei a trabalhar de motorista de aplicativo para botar comida na mesa, tenho uma forma de ganhar renda, além de garantir à comunidade os empregos gerados pelo meu negócio”, contou Souza.
A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taísa Mendonça, reforçou que este grande movimento não acontece só em Porto Grande, mas em todos os municípios, com o objetivo de chegar até os pequenos produtores e desenvolver o setor madeireiro e não madeireiro do estado de forma equilibrada e responsável.
“Nós temos aqui um trabalho sendo desenvolvido com muita seriedade pelos órgãos de Governo. Abrimos um diálogo com o setor para unir as forças, que nos permitiu emitir 32 autorizações em menos de 6 meses. Isto é apenas o início, pretendemos a cada dia, com esforço e união, manter os indicadores ambientais e elevar os indicadores sociais com a produção controlada nas nossas áreas florestais”, evidenciou Taísa.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Extração e Desdobramento de Madeiras no Amapá, Henrique Ulchak, as entregas das autorizações representam um marco para o setor, que foi destravado e impulsionado pelo Governo do Estado no último ano.
“Aqui tem muito pai de família que vai voltar a trabalhar e muitos produtores florestais recebendo essas autorizações, que vão permitir a aquisição de matéria-prima para construir imóveis e gerar bioeconomia com o manejo florestal sustentável. Esse setor produtivo florestal, que instalamos hoje, aumenta e reativa as indústrias com mais ofertas de empregos, algo muito importante”, frisou Ulchak.