Com apoio do Governo do Amapá, atletas amapaenses conquistaram o pódio no Campeonato Regional Norte de Bocha, em Porto Velho (RO), que aconteceu entre os dias 20 e 23 de junho. O atleta Isaac Vilhena obteve o ouro na classe BC4 masculina, enquanto Natália Conrado e Fernanda Alves conseguiram o primeiro e segundo lugar na categoria BC3 feminina, respectivamente.
Os vencedores garantiram participação no Campeonato Brasileiro de Bocha. A iniciativa faz parte do Plano de Governo da gestão, que apoia paratletas em disputas fora do estado. As passagens dos atletas e todos os treinos foram coordenados pela Secretaria de Estado de Desporto e Lazer (Sedel).
O paratleta Isaac não praticava o esporte desde 2016, mas retornou ano passado para as competições e garantiu sua vaga na disputa nacional após vencer as 4 partidas da competição. Ele ressaltou estar em êxtase por ter conquistado sua tão almejada medalha de ouro.
“O sentimento de estar naquele ambiente de jogo e ver cada participante representando seus estados é muito emocionante. O Amapá conseguiu se destacar com dois ouro, uma prata e conseguimos o terceiro lugar geral. Eu fico muito feliz por conseguir o primeiro lugar entre os sete jogadores e sei que é uma grande responsabilidade carregar a bandeira do Amapá nos meus ombros”, destacou Vilhena.
A mãe da Fernanda, Elizama Alves, foi acompanhante e posicionou a calha na frente da filha para que ela empurrasse a bola pelo instrumento com a cabeça. Ela afirmou que tiveram que controlar o nervosismo de disputar o campeonato.
“Participar da disputa foi uma experiência muito emocionante, e ver minha filha no pódio com aquela medalha de prata foi um momento de imenso orgulho e alegria. A ansiedade antes das competições era um grande desafio, mas aprendemos a usá-la como uma força motivadora. Queria agradecer ao Governo do Estado por ter nos cedido a passagem para que pudéssemos representar o nosso estado em Rondônia”, ressaltou Elizama, emocionada.
Conquistando a medalha de ouro na classe BC3 feminina, Natália Conrado garantiu sua vaga para São Paulo junto dos seus colegas. A avó da jovem, Edna Conrado, ressaltou estar orgulhosa e ser um momento especial para toda a família.
“Ver o brilho nos olhos dela é especial para mim. Sei que ela pode ganhar mais campeonatos e que virão muitas outras oportunidades. Ela é o orgulho da nossa família, todos a apoiamos, e ver sua evolução depois de entrar na bocha traz um sensação muito boa para nós”, frisou Edna.
Bocha Paralímpica
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha paralímpica só apareceu no Brasil na década de 1970. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca. Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, pés, e instrumentos de auxílio chamados de “calhas”.
Classes
Na classificação funcional, eles são divididos em quatro classes, de acordo com o grau da deficiência e da necessidade de auxílio ou não. No caso dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o uso de uma calha para dar mais propulsão à bola. O calheiro posiciona a canaleta à sua frente para que ele empurre a bola pelo instrumento com a cabeça. As categorias são:
- BC1 – Ajudantes podem estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola, quando pedido;
- BC2 – Não podem receber assistência;
- BC3 – Deficientes severos, que usam instrumento auxiliar e podem ser ajudados por outra pessoa;
- BC4 – Possuem deficiências severas, mas não recebem assistência.