Oficina na Alap marca a programação do Abril Azul, a oficina orientativa abordou o tema “abordagem inclusiva e acolhedora para pessoas autistas nas instituições públicas”.

Na manhã desta sexta-feira (12), a Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) realizou um evento em parceria com a Procuradoria Especial da Mulher, Ouvidoria, Tribunal de Justiça e servidores da Casa. A oficina orientativa abordou o tema “abordagem inclusiva e acolhedora para pessoas autistas nas instituições públicas”. A atividade integra uma série de ações alusivas ao mês de conscientização do autismo, denominado Abril Azul.

Os convidados debateram sobre leis, as dificuldades no acesso à educação inclusiva e aos serviços de saúde, principalmente na rede pública, além da necessidade de políticas públicas mais efetivas, especialmente na agilidade do diagnóstico.
Compuseram a mesa dos trabalhos a diretora pedagógica da Escola do Legislativo, Kelren Abdon; a chefe do Departamento de Planejamento da Alap, Ely Ladislau; a procuradora da Casa, Renata Lima Castro; as palestrantes psicóloga e analista do comportamento Oriana Comesanha; a secretária da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Deise Rocha, representante do jurídico da Procuradoria da Mulher, que falou da atuação em defesa dos direitos das mães de autistas; e Ana Cláudia Oliveira, chefe do Departamento da Ouvidoria da Assembleia Legislativa.

Antes da abertura oficial e das palestras, os participantes foram recebidos ao som da violinista Rebeca da Silva e receberam um lápis com um laço que simboliza as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Diversas mensagens inspiradoras foram lidas, entre elas uma que fazia referência ao lápis: “Que este lápis, com sua simplicidade aparente, nos lembre do poder imenso que reside em nossas mãos: o poder de mudar vidas, de inspirar esperança e de moldar o destino de nossa sociedade”.

Renata Lima Castro, graduada em Direito pela Faculdade do Maranhão e pós-graduada em Direito Processual Penal pela Faculdade Anhanguera, discorreu sobre a legislação de proteção aos direitos da pessoa com TEA. As psicólogas e mestres em teoria e pesquisa do comportamento, Oriana Comesanha e Marília Fontes de Castelo Branco, certificadas pela Associação Brasileira de Ciências do Comportamento (ABPMC), falaram sobre “Desmistificando o autismo: compreensão, acolhimento e cuidado” e “Entendendo o TEA: critérios, diagnóstico e avaliação”.

Durante as palestras, o público interagiu com perguntas, esclareceu muitas dúvidas e sugeriu a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir formas de atendimento aos autistas e a redução do tempo de diagnóstico, que hoje pode demorar mais de dois anos. O diagnóstico tardio é um dos principais obstáculos para o desenvolvimento de pessoas com TEA.

De acordo com Ely Ladislau, as atividades se estenderão até o final do mês. “No dia 23, será realizada uma atividade no plenário deputado Dalto Martins. No dia 24, será a vez da Escola do Legislativo, que realizará uma nova oficina e, no dia 27, acontecerá um cinema em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Amapá (Ama). A programação será estendida aos servidores pais de autistas”, explicou. “Através dessa oficina, muitas dúvidas foram esclarecidas”, agradeceu o servidor Pedro.

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