“Blind Divingque”, traduzido do inglês para português significa mergulho às cegas.

Dando ênfase às estratégias do Governo do Amapá de combate ao crime no estado, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) atuou nesta quarta-feira, 10, na “Operação Blind Diving”, deflagrada pela Polícia Federal. A ação teve objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em tráfico de drogas, que atua na colocação dos entorpecentes em cascos de navios. 

Durante a operação foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, em Macapá e Santana. Segundo a investigação, iniciada após denúncia, os suspeitos dos estados de São Paulo e Rio Grande do Norte, estavam em Macapá atuando para acoplar no casco de um navio vários quilos de drogas, que seriam retiradas ao chegar no seu destino. A prática já é utilizada pelos criminosos em outros portos espalhados pelo país.

Para garantir a efetividade da ação, a equipe de investigação realizou acompanhamento dos suspeitos durante vários dias e em uma madrugada constatou que eles foram até o Igarapé da Fortaleza em uma pequena embarcação onde pararam em ponto próximo ao navio de grande porte que estava atracado e realizaram vários mergulhos.

Também foi observado que os criminosos foram algumas vezes até o Porto de Santana e em lojas de Macapá para comprar equipamentos, entre eles, compressor portátil, que é comumente utilizado para cilindros de ar comprimido.

A polícia identificou que os suspeitos já possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e estelionato, em diversos estados brasileiros. Os investigados poderão responder novamente pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 33 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Forças integradas 

Mais de 50 policiais das forças de Segurança Pública do Estado participaram da operação conjunta com a PF, que contou com agentes da Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil, 4º Batalhão da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, Guarda Portuária e Marinha do Brasil.

A ação contou ainda com o trabalho especializado dos mergulhadores da Polícia Federal dos estados do Espírito Santo e Pernambuco. 

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