Com o objetivo de promover a inserção do Amapá no mercado de carbono, política integrada ao Plano de Governo, o governador Clécio Luís recebeu esta semana representantes de uma empresa que atua no ramo. Estado mais preservado e protegido do Brasil, o Amapá é uma das áreas com maior potencial de exploração desse mercado.
“Estamos num novo momento no Amapá, temos 10 grandes projetos com flexibilidade, que a gente pode mudar a realidade e começar a diversificar a matriz econômica, aliando tecnologia, inovação, conhecimento científico e meio ambiente. É insustentável continuar apenas se orgulhando dos nossos indicadores ambientais, e esquecer que a gente vive na pobreza, com os piores indicadores socioeconômicos. Nós queremos fazer negócios sustentáveis no Amapá, queremos ser uma referência”, evidenciou o governador.
O encontro, que aconteceu na quarta-feira, 27, reuniu a equipe técnica do Governo do Estado; Fábio Galindo, CEO da Future Carbon; e Pedro Plastino, diretor comercial.
Empresa brasileira, a Future Carbon atua no mercado voluntário de carbono, gerando créditos em setores estratégicos da economia, tais como preservação de florestas nativas, energias renováveis e agronegócio sustentável.
“Mostramos a viabilidade, as possibilidades, o potencial de liquidez e os caminhos técnicos seguros. Desejamos que o Amapá consiga colocar de pé um modelo justo, que atenda o interesse público e das comunidades”, comentou o CEO da Future Carbon, Fábio Galindo.
Integrando uma estratégia do eixo de desenvolvimento econômico, o governador Clécio Luís busca promover a inserção do Amapá no mercado de carbono e de serviços ambientais, considerando os ativos ambientais de grande relevância e potencial para a agenda do Tesouro Verde, com inclusão de produtores e agricultores familiares.
Para cumprir este objetivo, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) lidera tratativas com empresas na busca por serviços modernos para pagamentos por serviços ambientais e finanças verdes, que também tenham boas práticas e experiências exitosas. Existem diversas metodologias para calcular o estoque de carbono e diversas certificadoras, e o Estado tem tratado com aquelas de maior credibilidade, que posicionem o Amapá de forma competitiva e estratégica mundialmente.
“O Amapá quer continuar com os melhores indicadores ambientais do planeta, mas também quer um povo com desenvolvimento econômico sustentável. Na nossa estratégia, podemos utilizar esse ativo ambiental de forma responsável, por meio dos créditos de carbono”, descreveu o governador.
No dia 21 de março, o Governo reuniu representantes de instituições nacionais e internacionais aliadas à preservação ambiental para construir o planejamento da política de Redução das Emissões Provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal (REDD+).
A iniciativa objetiva investimentos sustentáveis, recompensando comunidades tradicionais que preservam a floresta. O Estado possui autorização do Governo Federal para negociar créditos desde 2022.
Aliado a outras estratégias de desenvolvimento econômico, o Governo do Amapá quer apresentar soluções sustentáveis estimuladas pelo Estado na Conferência do Clima da ONU, a COP30, a ser realizada na Amazônia em 2025.