O Governo do Amapá recebe no início de abril as primeiras 20 mil doses de vacina contra a dengue, enviadas pelo Ministério da Saúde (MS). A medida faz parte do remanejamento do imunizante de outros estados para acelerar a vacinação.
Na última semana, o governador Clécio Luís e membros da Bancada Federal fizeram a solicitação da inclusão do Amapá no cronograma de redistribuição do MS, após reunião com a ministra Nísia Trindade. O imunizante será distribuído pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado do Amapá (SVS).
Neste primeiro momento, o público alvo da campanha contra a dengue são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. O esquema de vacinação será de duas doses com intervalo de três meses entre cada. A SVS fará um alinhamento técnico para operacionalização da vacinação nos 16 municípios.
“A vacina protege contra a dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus Aedes aegypti. Vamos iniciar a vacinação com todo o público da faixa etária de 10 a 14 anos. Os locais com maior incidência de casos serão priorizados”, explicou o superintendente da SVS, Cássio Peterka.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a criança ou adolescente tenha sido diagnosticado com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal.
A vacina contra a dengue foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde.
Combate à dengue
Após registrar aumento no número de casos de dengue, o Governo do Amapá decretou situação de emergência em 10 municípios do estado e coordena ações integradas em diversas frentes de trabalho.
Foram intensificados os serviços de limpeza nas ruas e residências; palestras educativas nas escolas; capacitação de profissionais de saúde; ampliação de espaço para pacientes com dengue em Oiapoque; abastecimento de medicamentos para tratamento e sintomas da doença e borrifação de inseticida em ruas e residências.
Recomendações
O imunizante não deve ser aplicado em indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles em terapias imunossupressoras, com infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) sintomática ou com evidência de função imunológica comprometida, e em pessoas com hipersensibilidade às substâncias presentes no imunizante.
Prevenção e cuidados
Para o combate da doença, medidas preventivas devem ser priorizadas. As ações coletivas e os cuidados individuais devem continuar, pois são as melhores forma de prevenção, como a limpeza das vasilhas de água dos animais e vasos de plantas evitando o acúmulo de água parada, o armazenamento de pneus e garrafas em locais cobertos, bem como a limpeza das caixas d’água.
Aproximadamente 75% dos focos do mosquito estão dentro de casa. A recomendação do Ministério da Saúde é para que as pessoas procurem um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, como febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações.