O grupo vai trabalhar com serviços de cargas no Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, em Macapá, mas já estuda a implantação de novas rotas de passageiros.
Trata-se de uma ação que atende a uma grande necessidade, considerando que o Amapá é uma região isolada, sem acesso terrestre a outros estados brasileiros. O investimento se alia aos objetivos estabelecidos no Plano de Governo da atual gestão, que busca implantar uma logística integrada para fortalecer o setor econômico.
“Transporte na Amazônia é necessidade, não é luxo. Nós estamos isolados do resto do Brasil, portanto o transporte aéreo é uma necessidade em todos os campos, desde os negócios até serviços de saúde. Excelente notícia para o Amapá. Com as tratativas que estamos fazendo, vamos ver logo logo essa novidade voando nos céus do Amapá”, comemorou o governador.
Posição geográfica privilegiada
Por ficar no extremo Norte do país, o Amapá mantém uma localização geográfica considerada estratégica, em função da proximidade com os maiores portos do mundo, como da Europa, Estados Unidos, China e o canal do Panamá. Neste cenário, o transporte aéreo se torna a melhor opção, quando se trata de circulação de pessoas e o escoamento da produção brasileira para o mercado exterior.
A empresa Levu Transporte Aéreo e Logística de Cargas chega ao Amapá por intermédio do grupo Norte da Amazônia Airports (NOA), concessionária que administra o Aeroporto de Macapá desde 2023.
“A gente começa com a operação cargueira e, agora, a partir desse diálogo de hoje com o governador, vamos começar a falar sobre o potencial investimento para abrir uma operação de voos comerciais de passageiros aqui, diretamente no estado”, ressaltou o CEO da Levu Transporte Aéreo e Logística de Cargas, Rodrigo Pacheco.
Com sede em Campinas (SP) e criada em 2022, a companhia aérea tem operação especializada em armazenagem e transporte. O CEO da Levu se encontrou com o governador do Estado ao lado de Fábio Fischer e Manoel Neto, ambos da administração do grupo Agemar/NOA Airports.
Desenvolvimento econômico
Com foco na expansão de atividades econômicas através do setor privado, o Governo do Amapá têm participado de debates e tratativas com empreendimentos nacionais e internacionais.
“Estamos em outras tratativas também para criar uma conexão da unidade de cargas ao Porto de Santana. Nós trabalhamos para que, desta forma, possamos gerar oportunidades de novos negócios no Amapá. Estamos trabalhando muito para concretizar essa fronteira do futuro”, ressaltou Clécio Luís.
O Governo busca planejar a infraestrutura com elementos que aliem o desenvolvimento socioeconômico. Para isso, são previstas obras para reduzir custos e possibilitar a expansão de empreendimentos, aliando o transporte aéreo ao rodoviário e ao aquaviário, como a duplicação da Rodovia AP-440/KM-09; a pavimentação do ramal do Farinha Seca; e a implantação do retroporto/terminal logístico do Porto de Santana.
Em outra frente, o grupo NOA Airports tem evidenciado a investidores a viabilidade para a criação de novas rotas de transporte aéreo de pessoas em Macapá, inclusive com voos internacionais.