Por SELES NAFES Nem sempre a vida de interior é divertida na infância, especialmente se for no município de Tartarugalzinho, cidade a 222 km de Macapá, de onde os crimes sexuais contra menores têm preocupado as autoridades. No caso mais recente, policiais civis prenderam o padrasto de uma menor de 15 anos que afirma ser vítima de estupros desde que ela tinha apenas 9 anos. A mãe é suspeita de ser, no mínimo, conivente com a situação.A prisão ocorreu no último fim de semana por ordem da justiça. O acusado tem 38 anos teria ameaçado a menina de morte, caso ela procurasse as autoridades.O caso está sendo investigado pela equipe do delegado Stephano Dagher. Segundo ele, depois de pelo menos seis anos de abusos, na última sexta-feira (23), a garota teve coragem de confidenciar os abusos a uma tia. As duas procuraram o Conselho Tutelar, que acionou a polícia.Acusado planejava fugir, mas teve o pedido de prisão preventiva atendido pela justiçaDagher ouviu o relato da menina, determinou a perícia e ouviu outros depoimentos. Depois disso, o delegado pediu a prisão preventiva do acusado, o que foi rapidamente atendido pela justiça local. Um dos fundamentos para a solicitação foi necessidade de retirar o criminoso da casa e deixá-lo longe da família. O padrasto foi preso antes de por em prática um plano de fuga. Na delegacia, ele confessou os abusos. A prisão foi mantida na audiência de custódia, no entanto, as investigações continuam. O objetivo agora é descobrir se a mãe sabia mesmo dos abusos do homem com quem ela convivia havia mais de 12 anos. “A mãe da menina não foi ouvida ainda. Ela está sendo investigada porque suspeita-se que talvez tivesse conhecimento sobre os abusos. Existem outras crianças no lar. Ainda não temos conhecimento se elas sofreram algum tipo de abuso, mas isso também será objeto de investigação”, explicou o delegado. “Em Tartarugalzinho essa prática de abuso infantil é bem elevada. Por isso, as polícias, o Conselho Tutelar, o Ministério Público e o Judiciário trabalham incansavelmente para evitar e reprimir esse tipo de conduta”, concluiu.