Por IAGO FONSECA Isolamento geográfico, passagens aéreas, o potencial do Amapá ser cidade dormitório da COP 30, em 2025, e as oportunidades de visibilidade a empresas amapaenses foram temas levantados ao governador do Amapá, Clécio Luís (SD), e ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, durante a abertura do Startup20, evento internacional iniciado na noite de sexta-feira (24), em Macapá.Clécio ressaltou na coletiva aos profissionais da imprensa que o encontro das representações de 19 países do G20 e as empresas inovadoras amapaenses é oportunidade de deixar a marca da Amazônia nas startups.“O grande potencial é poder associar a marca verde, preservação, da cultura da Amazônia a esses projetos, a essas empresas, a esses produtos que essas startups produzem. Temos uma dificuldade que cada dia nós superamos um pouco mais que é a do isolamento [geográfico], da distância dos grandes centros. Por outro lado, é esse segmento que pode nos permitir nos conectarmos e nos tornarmos próximos de qualquer lugar do planeta”, declarou o governante.De acordo com Clécio, o Amapá tem trabalhado junto ao Governo Federal para transformar o estado em uma subsede dos eventos que antecedem a COP 30, a conferência das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas, que será realizada na vizinha Belém (PA), em 2025.Clécio: “A nossa meta é preparar rede hoteleira, é preparar a cidade ainda mais para auxiliar na realização da COP da Amazônia”“Se nós pensarmos, anos atrás, quando o território do Amapá foi criado, esse isolamento tinha uma importância grau máximo. Hoje em dia, nesse segmento de tecnologia e inovação, essas distâncias são encurtadas a limites que são, às vezes, para a soma de segundo. Nós apresentamos um projeto para o presidente Lula, para que possamos também sediar eventos e também nos colocarmos como uma ‘cidade dormitória’, uma vez que a gente está a 35 minutos de avião. A nossa meta é preparar rede hoteleira, é preparar a cidade ainda mais para auxiliar na realização da COP da Amazônia”, ponderou Clécio.Para o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a abertura do Startup20 ser sediada na Amazônia é fundamental para tornar a região palco permanente de debates sociais e econômicos.Para o ministro Waldez Góes, a Startup20 é fundamental para tornar a Amazônia palco permanente de debates sociais e econômicos“O Brasil, o mundo, conhece e debate muito a Amazônia a partir das questões ambientais e poucos percebem as iniciativas da Amazônia. Das ações sociais, coletivas, públicas, privadas. Então, não conhecem e não valorizam, obviamente, os desafios ficam apenas para a gente, para quem governa, para quem trabalha, empreende”, complementou o ministro.Em relação ao preço das passagens aéreas, um impeditivo frequentemente para chegar ou sair do Amapá, o governador estima que com mais eventos de grande público pode se criar uma demanda que pressione uma resposta a respeito do problema.“Hoje, nossas passagens são quase impraticáveis. Por algum motivo, somos final de rota, mas somos Brasil. O transporte aéreo no Amapá não é luxo, é necessidade. Quanto mais pressão de mercado, pressão de pessoas, de empresas ao comprar suas passagens nós vamos criar uma condição de ter um debate sobre isso”, concluiu o governador.
Startup20 é oportunidade de deixar a ‘marca da Amazônia’, ressalta Clécio
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