O governador do Amapá, Clécio Luís reuniu a imprensa nesta quinta-feira, 30, para apresentar o balanço dos 104 dias de atuação das secretarias envolvidas no Comitê de Respostas Rápidas, onde foi criada a Sala de Situação, para definição de estratégias de auxílio à população e combate às queimadas, estiagem e salinização das águas do Rio Amazonas no estado.
Na apresentação, o governador destacou que desde o dia 13 de agosto, quando foram deliberadas as primeiras forças-tarefas de enfrentamento às situações emergenciais no Amapá, até hoje, os números mostram o desempenho positivo da gestão em prol do bem maior: levar assistência humanitária essencial para o povo atingido.
“Este foi o ano com o maior número de registros de focos de incêndio da história, com a segunda maior temperatura já registrada no Amapá. Então, fazer o balanço de todo esse trabalho de integração que foi realizado é muito importante para mostrar que hoje temos uma situação mais favorável para nossa população. Com essa experiência, estamos mais preparados para o que vamos enfrentar no ano que vem”, avaliou Clécio Luís.
Durante a abordagem foi apresentada uma “linha do tempo de ações” demonstrando todo o esforço e empenho do Governo do Estado para garantir o bem-estar das famílias afetadas, nas diversas comunidades, que necessitam dos serviços indispensáveis neste momento de crise natural e ambiental que o Amapá enfrenta.
Focos de calor e incêndio
Dentro dos 104 dias de combate a queimadas, estiagem e situações emergenciais devido à condição climática no Estado, o balanço apresentou o registro, através de 15 satélites que realizam o monitoramento, de 51.301 focos de calor e 2.457 focos de incêndios de agosto a novembro de 2023.
Outro registro mostra que, em comparação com os dados do mesmo período do ano passado, houve um aumento de 150% na quantidade de focos de incêndio em todo o estado. Em relação a esses dados, outubro foi o mês com maior registro, sendo 1.063 focos, o que equivale a 42,4% dos focos de incêndio do Amapá no período de agosto a novembro.
Os municípios com as maiores incidências foram: Mazagão, com 174 focos, Oiapoque, com 153 e Macapá com 163 ocorrências. O governador frisou a importância de lembrar que todos os 16 municípios enfrentam situações de emergência por estiagem, queimadas e incêndios florestais. Com estes episódios, o número de pessoas afetadas, de acordo com a Sala de Situação, soma o total de 201.195 mil.
Medidas adotadas
No setor de assistência social foram entregues, 15.727 kits de alimentos nos municípios de Oiapoque, 6.677; Tartarugalzinho, 2.100; Cutias,600; Amapá, 600 e Porto Grande com 2.000 kits. Além das comunidades do Sucuriju, 100 e do arquipélago do Bailique, 3.650.
Sobre a distribuição de água mineral, mais de 50 mil litros chegaram ao Bailique, Amapá, Cutias, Tartarugalzinho e Oiapoque.
O envio de água para os reservatórios já somam 2 milhões de litros, que atenderam Bailique, Sucuriju e Tartarugalzinho. Houve ainda a distribuição de 2,1 mil caixas d’água no Bailique, com 1.800; Tartarugalzinho, com 150; Amapá e Pracuúba, com 50 caixas recebidas.
O governador Clécio Luís afirmou que, mesmo com a chegada do período das chuvas, as cidades, principalmente as que sofrem com a salinização dos rios, continuarão sendo assistidas com frequência e também todos que precisarem das ajudas humanitárias.
“Dos municípios que nos solicitaram ajuda, levamos água mineral, água potável, cestas básicas, ajuda com equipes multifuncionais de saúde, de assistência. O fato das chuvas terem começado a cair agora, infelizmente, a mudança do quadro das pessoas que precisam de comida pela salinização da água não altera. As águas vão continuar salgadas por pelo menos mais 3 meses. Então, vamos continuar sim, com toda assistência, seja de alimentos, água, e tudo mais que for necessário”, frisou o governador.