Adolescente é indiciado por apologia ao nazismo no Amapá

Por IAGO FONSECA Um macapaense de 17 anos foi identificado e indiciado pela Polícia Civil do Amapá após compartilhar mensagens com apologia ao nazismo, racismo, xenofobia e homofobia na segunda-feira (13).O adolescente confessou para a polícia a participação em um grupo nacional na rede social Discord, com membros da Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.“A gente recebeu essa denúncia, fizemos o serviço de inteligência e identificamos o adolescente. Esse grupo dizia não ter medo da Interpol nem da Polícia Federal, alegava ser o grupo mais temido da rede social”, contou a delegada Daniella Graça, titular da Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (Deiai), em Macapá.As mensagens foram detectadas pelo HSI (Homeland Security Investigations) da embaixada americana em Brasília (DF), que encaminhou a denúncia para o Cibber Lab do Ministério da Justiça e Segurança Pública.Delegada Daniella Graça: “É curioso que o adolescente de Macapá é pardo e para ser aceito no grupo que participava utilizava uma foto de uma pessoa com características alemãs”. Foto: Iago Fonseca/SN.comA investigação buscou identificar indivíduos que faziam o uso indevido da rede social com mensagens de textos, chamadas de áudio e vídeo para comunicação individual ou em grupo.O jovem foi enquadrado em ato infracional análogo aos crimes de raça e cor. Ele vai fazer ações socioeducativas em liberdade.Aceitação Segundo a delegada, os usuários do grupo de apologia nazista utilizavam imagens de pessoas brancas, loiras e de olhos claros para serem aceitos entre eles. Entretanto, as características reais dos integrantes diferem do que exibiam nas redes.“É curioso que o adolescente de Macapá é pardo e para ser aceito no grupo que participava utilizava uma foto de uma pessoa com características alemãs. Segundo relato da própria família é um adolescente que não sai de casa, não apresenta comportamento inadequado, no entanto dentro do seio familiar ele utilizava o aparelho celular para praticar atos Infracionais”, concluiu a responsável pelo caso.

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