O governador do Amapá, Clécio Luís, assinou nesta segunda-feira, 13, o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá

 Foto: Netto Lacerda/GEA
Também foi definida a instalação no Palácio do Setentrião da sala de situação para acompanhar e definir as ações emergenciais

O governador do Amapá, Clécio Luís, assinou nesta segunda-feira, 13, o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contempla municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

“Esse decreto unifica as situações de emergência, ele vale para todo o Estado, e trata da situação específica de cada região, de cada município. Na cidade de Amapá, tem as atenções nas áreas urbana e rural, além da situação do Sucuriju. Em Macapá, a ação é específica para o Bailique, em Tartarugalzinho é em todo o município. O decreto unifica as várias emergências que nós estamos vivendo, por exemplo, uma delas é a estiagem, outras são os focos de incêndio e tem a malária”, enfatizou o governador Clécio Luís.

Uma das situações mais críticas é do arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, onde a população da região enfrenta a falta de água potável causada pelo fenômeno da salinização do Rio Amazonas, impactada pela água salgada do Oceano Atlântico. O mesmo motivo também afeta os moradores da Vila do Sucuriju, município de Amapá.

Ambas as localidades já estão recebendo amparo do Governo do Estado através de ações humanitárias com vários serviços como de abastecimento de água potável, entrega de água mineral e kits de alimentos.

Os municípios de Tartarugalzinho e Pracuúba estão incluídos por registrar constantemente focos de incêndio florestal em áreas não protegidas. Em Oiapoque, a emergência é pela praga da mandioca. Já Calçoene e Pedra Branca do Amapari, enfrentam altos índices dos casos de malária, neste caso as ações de saúde estão sendo fortalecidas para o enfrentamento da doença e as causas.

“Nós conversamos com o ministro Waldez Góes, do Ministério da Integração, e a situação de emergência foi homologada de forma sumária, ou seja, de forma imediata. É uma medida para todo estado, mas cada região tem uma especificidade. A gente vai anexando e enviando cada parecer para Defesa Civil que define o devido tratamento. Aí sim, o Governo Federal tem ajudado, seja na ação humanitária, enviando técnicos, especialistas na questão da malária e recursos para que a gente possa ter uma pronta resposta a essa situação de emergência”, explicou Clécio Luís.

Sala de situação

Todas as ações determinadas pelas situações de emergência vão ser controladas na sala de reuniões do Palácio do Setentrião, que passa a funcionar como sala de controle de situação, reunindo todas as secretarias e órgãos do governo, estadual, federal e prefeituras.

“Nós estamos elaborando um plano de trabalho, que está sendo produzido em parceria com os municípios. Esse plano vai permitir uma atuação mais estratégica nas ações, definidas através de acompanhamento em cada local, estudos e análises de cada situação”, destacou o comandante da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, Alexandre Veríssimo.

Ações humanitárias

O Governo do Estado tem intensificado as ações humanitárias. Na Vila do Sucuriju, as iniciativas atenderam na última semana mais de 100 famílias com a entrega de mais de 200 mil litros de água potável, 10 mil litros de água mineral e 100 cestas básicas. A iniciativa de emergência do Governo do Estado, vai garantir o abastecimento na região por 90 dias.

Para os moradores do arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, mais de 400 mil litros de água potável e 10 mil de água mineral já foram enviados e entregues no distrito. Uma força-tarefa foi montada para realizar na região, atendimentos médicos, com consultas, avaliações de enfermagem, avaliação nutricional e entrega de medicamentos, além de oferta de vacinação contra o sarampo e distribuição de frascos de hipoclorito de sódio para tratamento da água.

Em outra frente, ao longo do mês de novembro, o Governo do Amapá vai dar início ao funcionamento da máquina de dessalinização instalada pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), com capacidade diária de produção de 18 mil litros de água potável. A companhia prevê a aquisição de mais 25 máquinas de tratamento para atender toda a população do arquipélago do Bailique.

“A expectativa é que nesta terça-feira a máquina de dessalinização entre em operação. Estamos com um laboratório fazendo os testes necessários. E assim, que tivermos o sinal positivo da equipe, começamos a distribuir água potável na região”, destaca o diretor-presidente da Caesa, Jorge Amanajás.

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