Palco de glórias e momentos históricos do esporte amapaense, o Estádio Olímpico do Zerão completou 33 anos em outubro de 2023. E, para celebrar os protagonistas de algumas dessas histórias, o Governo do Estado homenageou na terça-feira, 31, jogadores históricos do futebol amapaense, com a entrega de camisas comemorativas do evento e certificados para os ex-atletas.
Os jogadores reconhecidos na ação, coordenada pela Secretaria de Estado de Desporto e Lazer, brilharam entre as décadas de 1970 e 1990, sendo campeões do extinto Copão da Amazônia. O torneio envolvia clubes dos antigos territórios federais localizados no norte do Brasil: Amapá, Rondônia e Roraima, além do estado do Acre. O então território do Amapá conquistou o campeonato em sete ocasiões.
“É importante homenagear em vida esses atletas para que eles possam ter a oportunidade de sentir essa emoção. Esse é um momento histórico em uma data muito importante para o nosso esporte”, disse o secretário em exercício de Desporto e Lazer, Ricardo Nascimento.
Um desses atletas é o “Trator” Miranda, autor do primeiro gol do Zerão, justamente na última edição do Copão Amazônia, realizada em 1990. O gol histórico foi marcado em uma partida entre Independente, o então time do atacante, e o Trem.
“Quando eu venho aqui eu me sinto em casa. É um lugar que tive muitas alegrias e fiz muitos amigos durante a minha carreira. Me sinto também muito feliz de estar sendo lembrado pela minha trajetória”, disse o artilheiro.
Estádio do Zerão
Inaugurado em 17 de outubro de 1990 pelo Governador Gilton Garcia, com a presença do presidente da época, Fernando Collor de Mello, o Zerão foi construído com o objetivo de alavancar o esporte amapaense, como explica o historiador do futebol do Amapá, Franselmo George.
“Até então só tínhamos o estádio Glicério Marques em Macapá. Era necessário a construção de outra praça de esportes, por isso, foi erguido o Estádio Zerão, trazendo um desenvolvimento para o esporte amapaense”, explicou o historiador.
Uma curiosidade do Zerão é o fato da linha intermediária do seu campo ser traçada pela Linha do Equador, dividindo-o entre Hemisfério Norte e Sul. Este fato já rendeu muitas histórias interessantes, como quando o ex-artilheiro do Botafogo, Túlio Maravilha, marcou um gol no estádio, pelo Fast do Amazonas, e disse que fez um “gol que nem Pelé fez” por tê-lo marcado no meio do mundo.
Em seu complexo esportivo o estádio tem uma estrutura que possibilita a prática de diferentes modalidades do atletismo, por isso carrega o nome de olímpico. O Zerão também possui um memorial do futebol amapaense, com quadros de fotos históricas do esporte, além de outros artigos como camisas e troféus de momentos marcantes do futebol. Outra ação realizada no espaço é uma escolinha de futebol que atende jovens entre 6 e 17 anos.
Apesar de ser conhecido popularmente como “Zerão”, o local também carrega o nome do jornalista e incentivador do futebol no estado, Milton de Souza Corrêa. Importante personagem do esporte, que além de fundador do Guarany Atlético Clube, também era sócio proprietário do Macapá Esporte Clube.
