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Passageiros denunciam navio de empresa envolvida em naufrágio no AP

por Elder Abreu
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Por IAGO FONSECAUma embarcação atracou emergencialmente após ter a parte inferior inundada pela água em uma viagem de Belém, no Pará, até Manaus, no Amazonas, na madrugada de domingo (15).Segundo relatos feitos por passageiros, o navio Anna Karoline VII – que é de propriedade da mesma empresa envolvida no naufrágio que ocorreu no sul do Amapá há três anos – possuía superlotação e condições precárias de segurança.“As pessoas ficaram com medo. Eles (tripulantes) estão tentando drenar essa água para seguir viagem, paramos em um porto que não sabemos onde é, ninguém informa nada”, declarou uma passageira em vídeo.Nos vídeos, a passageira revela estruturas do casco e guarda-corpo deterioradas, com metais enferrujados soltos e com buracos, bem como vazamentos de esgoto e grades em áreas de passageiros.Além disso, as imagens mostram o navio ancorado na margem de um rio com cargas transportadas em todos os setores.“Ele perdeu completamente a estabilidade. Esse navio não foi em nenhum momento fiscalizado pela capitania. Isso saiu de um porto clandestino”, concluiu a passageira.Em comunicado em grupos no WhatsApp da empresa North Star, que opera a linha Belém/Manaus com os navios Anna Karoline VII e Itaberaba I, a força das águas destampou as boias após serem atingidos por ondas de até dois metros de altura. Segundo a North Star, o navio passou por inspeção e retomou viagem sem risco aos passageiros e tripulantes.Anna Karoline VII é operado pela North Star, mas pertence à ErlonNavApesar de operado pela North Star, o Anna Karoline VII é de propriedade da ErlonNav, a mesma envolvida na tragédia no Amapá em 2020, com a embarcação Anna Karoline III, que deixou 42 mortos após naufragar entre os rios Amazonas e Jari. O inquérito apontou sobrecarga de 75% além do permitido no Anna Karoline III.Devido às condições semelhantes, o Portal SelesNafes.com procurou as empresas para esclarecimentos sobre o ocorrido, mas não teve retorno. A Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, sediada no Pará, informou ao portal que retornará em breve com uma posição oficial.

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