Lar Amapa O Governo do Estado realizou a retomada do tradicional desfile cívico na avenida Ivaldo Veras, resgatando a importância histórica do Amapá

O Governo do Estado realizou a retomada do tradicional desfile cívico na avenida Ivaldo Veras, resgatando a importância histórica do Amapá

Com o tema “Amapá 80 Anos”, mais de 4 mil estudantes, de 57 escolas da rede estadual, desfilaram no Sambódromo de Macapá, nesta quarta-feira, 13

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 Foto: Evandro Vilhena/SEED e Erich Macias/GEA
Desfile cívico estudantil é marcado pelo resgate histórico e cultural do `Amapá 80 Anos´

Com o tema “Amapá 80 Anos”, mais de 4 mil de estudantes, de 57 escolas da rede estadual, desfilaram no Sambódromo de Macapá, nesta quarta-feira, 13. O Governo do Estado realizou o evento, que marca a retomada do tradicional desfile cívico na avenida Ivaldo Veras, resgatando a importância histórica do Amapá.

Durante a programação as unidades de ensino participantes apresentaram características culturais e sociais do povo amapaense. A comemoração relembra e celebra o processo de formação política do Amapá, desde a criação da capitania do Cabo Norte, passando a Território Federal, até a transformação em estado.

Os estudantes fizeram um desfile temático, homenageando também as instituições que defendem as fronteiras do estado, como a Marinha, Exército e Aeronáutica. A iniciativa buscou valorizar a trajetória de construção da identidade desde os primeiros moradores da região.

Contexto Histórico
A trajetória de criação do Território passa pelo contexto histórico no qual prevalecia no Brasil, a política de Getúlio Vargas que governou o país de 1930 a 1945 e usava a prerrogativa de defesa nacional.

Desde o século XVII a região do Amapá foi anexada ao Grão-Pará e permaneceu tutelada pelo estado paraense até 13 de setembro de 1943, quando por meio do decreto 5.812 do então Governo Getúlio Vargas, foi o criado o Território, e a tutela das terras amapaenses passou para o Governo Federal.

No contexto internacional ocorria a Segunda Mundial (1939-1945) e o Governo brasileiro, aliado dos Estados Unidos da América (EUA), defendia uma política de combate às pretensões dos avanços nazistas na região amazônica.

No Brasil, vigorava o Estado Novo (1937-1945), ditatorial, com a premissa de promover a segurança nacional. No contexto regional, acontecia a queda da exportação de borracha e essa decadência fez com que as atenções do Pará para o Amapá diminuíssem, e assim o Governo Federal tomou ainda mais para si a administração da região, que culminou com a descoberta de reserva de manganês em Serra do Navio.

Wander Nascimento, historiador e servidor público, enfatizou que essa transformação vai muito além de uma questão política e nesse cenário, de descaso por parte do Pará, com ausência de políticas públicas e razões econômicas, foi criado o Território Federal do Amapá que permaneceu nessa condição até 1988 quando foi transformado em Estado.

“Antes da criação do território federal, o Amapá era considerado uma região interiorana, vulnerável, com apenas três municípios, Macapá, Mazagão e Amapá, não havia energia elétrica, saneamento básico e a economia era basicamente de subsistência. Ao deixar de pertencer ao Pará, a região continuou sem autonomia política, sendo inclusive o primeiro governador, Janary Nunes, indicado pelo Governo Federal, mas a partir daí, o território passou por uma série de obras estruturantes, construção de escolas, de ruas, prédios públicos, ganhando nova configuração, dando início a um processo de desenvolvimento” explicou o historiador.

Memória cultural
Os estudantes trouxeram para a avenida um pouco das memórias que devem ser preservadas porque representam as tradições históricas dos amapaenses. As escolas públicas da rede estadual apresentaram características culturais e sociais.

A programação da Semana da Pátria, coordenado pela Secretaria de Educação (Seed), que iniciou com o desfile de 13 de setembro, segue nesta quinta-feira, 14, e sexta-feira, 15, em São Joaquim do Pacuí e Santo Antônio da Pedreira, respectivamente.

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