Por IAGO FONSECAA produtora cultural do marabaixo amapaense, Elísia Congó, de 58 anos, foi presa pela Polícia Federal, em Brasília (DF), no início da noite de domingo (10). A artista estava a caminho das celebrações no Senado Federal em homenagem aos 80 anos de criação do Amapá, no Senado Federal.Maria Elísia Carmo Silva foi abordada por agentes federais logo depois da aterrissagem, antes mesmo do avião taxiar até o portão de desembarque de passageiros. Elísia foi, então, entregue à Polícia Civil do Distrito Federal, que cumpriu o mandado de prisão preventiva contra ela. Segundo informações apuradas pelo Portal SelesNafes.com, a ordem judicial de captura para Elísia foi expedida em 2018, juntamente com outras três mulheres, todas acusadas em um processo na cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará.A ação penal foi gerada em 2009, por crime de favorecimento à prostituição. Entretanto, quando o mandado de prisão para as quatro acusadas foi expedido, 5 anos atrás, passou a incluir, também, a tipificação penal de tráfico de drogas (Art. 33, da Lei 11.343/2006).Elísia ia para as comemorações dos 80 anos de criação do Amapá no Senado Federal. Foto: Redes SociaisNa segunda-feira (11), os advogados de Congó entraram com pedido de revogação da prisão preventiva, com liberdade provisória sob pagamento de fiança, na 2ª Vara Criminal de Parauapebas. Entretanto, a juíza titular da vara, Flávia Rosário, não acatou o pedido, devido ao processo tramitar na 1ª Vara Criminal do município.A reportagem não conseguiu apurar em qual local a produtora cultural está presa na capital federal.Quem é Elísia Congó?De família histórica no Marabaixo, Elísia é neta de Benedito Lino do Carmo – o velho Congó, compositor de Ladrão – “Nêgo ô dia”. Ele foi um dos pioneiros do Marabaixo da Favela.Graduada em administração de empresas e recursos humanos, é fundadora da Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo e membro do comitê gestor de salvaguarda do Marabaixo no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Também é fundadora e coordenadora da Associação Cultural Raízes da Favela – Dica Congó. (Com informações de SEIIC)