Com o apoio do Governo do Amapá, o evento “Observando no Meio do Mundo” atraiu uma multidão para acompanhar o fenômeno ‘superlua azul’, no monumento Marco Zero, em Macapá. A ação foi organizada pelo Clube de Astronomia Mirzam e permitiu que a população observasse mais de perto o evento considerado raro e que só volta a acontecer daqui a 11 anos, em 2032.
Durante esse evento, a lua cheia se deu próxima ao perigeu, que é quando ela está a uma distância inferior a 360 mil quilômetros da Terra. Dessa forma, ela pôde ser vista até 14% maior do que o normal e 30% mais brilhante.
Para estudante de jornalismo Liliane Pereira, o “Observando no Meio do Mundo” proporcionou o seu primeiro contato com um telescópio.
“Foi encantador, sempre fui admiradora da Lua, e é muito mais linda do que vemos normalmente. Fiquei extremamente encantada com os detalhes, como se ela tivesse vários buraquinhos brilhantes e bem branquinha! Me senti plena com essa experiência”, disse a estudante.
A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) é reponsável pela administração do monumento. Para a gestora da pasta, Anne Monte, não haveria local melhor para receber essa ação.
“Já é habitual que o Marco Zero receba eventos relacionados à astronomia, como os equinócios das Águas e da Primavera, e a própria torre do Monumento é dedicada ao sol, então, nada mais justo receber um evento dedicado à lua. Sem contar que são muito proveitosas iniciativas como essa, que despertam a curiosidade sobre uma ciência tão interessante como a astronomia”, explicou a secretária Anne.
O presidente do Clube Mirzam, Germán Neto, acredita que o evento superou suas expectativas, atraindo um público maior do que o previsto, o que demonstra o interesse dos amapaenses pela astronomia.
“Nossa meta é fazer um evento para o eclipse solar que teremos dia 14 de outubro. Além disso, queremos começar a fazer atividades mensais na Mirzam. Geralmente utilizamos o período de janeiro a julho para atividades como palestras e oficinas e de julho a dezembro fazemos as observações, essa divisão acontece por causa do clima, onde temos menos tendência de nuvens e chuva”, disse Germán.