10 anos depois, mulher é condenada por encomendar morte de ex-marido

Por IAGO FONSECA Uma década depois do crime, a Justiça do Amapá julgou condenou um dos casos que mais repercutiram na história policial do Amapá, o caso Ciríaco, no qual a ex-esposa foi acusada de encomendar a morte do ex-marido.O julgamento de mais de 14 horas de duração terminou na noite de quarta-feira (23), com a condenação de Caroline Costa de Souza, de 33 anos. Pela morte do ex-marido, Antônio Ciríaco Moreira, de 53 anos, ela foi sentenciada a 23 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de homicídio e estelionato, além de multa de um trigésimo (1/30) do salário mínimo.Entretanto, a réu poderá recorrer da sentença em liberdade, um atenuante por colaborar em todos os trâmites do julgamento. Ela foi absolvida do crime de furto.Rener Lopes, acusado de praticar o homicídio, não compareceu ao julgamento, mesmo com a presença de seu advogado e teve sua prisão preventiva decretada, por não haver garantias de que será localizado. Ele foi condenado a 27 anos por homicídio qualificado, furto simples e estelionato.Os outros dois réus da ação, acusados de participação a mando de Caroline, Cleyson Alencar e Jean Diego Souza, tiveram seus julgamentos desmembrados. Cleyson ainda não foi localizado pelo tribunal.Julgamento durou mais de 14 horas. Fotos: ReproduçãoSegundo os autos do processo, Caroline Souza contratou Rener, Cleyson e Jean, para realizarem a execução de Ciríaco, pelo valor de R$ 20 mil. O Ministério Público acusou a motivação do crime como torpe, por interesse em um seguro da vítima no valor de R$ 150 mil. Demora O caso Ciríaco, como ficou conhecido, levou 10 anos para ser julgado. Após Caroline ser ouvida pela 1ª Vara do Júri de Macapá, em 13 de março de 2015, o processo tinha 60 dias para ser encaminhado ao julgamento pelo júri, mas isso não ocorreu.Iniciada em 2013, a ação recebeu diversos recursos das defesas até que em 2016, durante a sentença de pronúncia de testemunhas e dos réus, o processo foi subiu para a segunda instância, no Tribunal de Justiça do Amapá.Após o Tribunal manter a sentença em 2017, a defesa recorreu novamente e a causa foi encaminhada ao STJ e seguiu até o STF em 2019.Antônio Ciriaco foi morto em 2013. A viúva foi acusada de encomendar a morte deleSegundo a 1a Vara do Júri, o processo retornou à comarca em 2020, mas devido aos altos e baixos da pandemia de Covid-19 foram feitos 4 reagendamentos do julgamento até 2021. Com a retomada do júri presencial em 2022, foi dada prioridade para casos de réus presos.O crime O assassinato ocorreu em 24 de maio de 2013, por volta das 23 horas, na residência da vítima, no bairro Santa Rita, Zona Sul de Macapá. Antônio Ciriaco morreu após ser estrangulado enquanto suas mãos e pés estavam amarrados. Ele era funcionário da Eletronorte e trabalhou na hidroelétrica Coaracy Nunes por 27 anos.Depois do crime, os condenados foram registrados por câmeras de vigilância de um vizinho deixando a residência. A ex-mulher foi vista em uma agência bancária com um dos criminosos.Na tentativa de forjar um latrocínio, os réus levaram objetos da vítima, incluído um veículo, segundo o processo.

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