Locação para festas, transferências falsas: como golpistas enganaram dezenas de vítimas em Macapá

Por LEONARDO MELOA Polícia Civil do Amapá acredita ter desarticulado uma quadrilha que era uma verdadeira empresa de golpes em Macapá. Transferências falsas de pix, depósitos que não eram concretizados e muita lábia para enganar causaram um prejuízo superior a R$ 50 mil nos últimos dias. Nove pessoas foram presas hoje (27).A Operação Strike, comandada ela 9ª Delegacia de Polícia da Capital, saiu às ruas de bairros da zona sul para cumprir 10 mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão emitidos pelo juiz José Castelões, da 3ª Vara Criminal de Macapá. Das 9 prisões, duas foram efetuadas dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) onde estava detentos que ajudavam a arquitetar os golpes. Um suspeito continua sendo procurado.De acordo com as investigações, o grupo praticava estelionato de diversas formas. Num dos casos, eles clonaram o anúncio verdadeiro de um local para festas e eventos disponível para locação, mas, no lugar do proprietário, informaram o telefone de um dos golpistas que se encarregava de fechar o negócio.As vítimas pagavam antecipadamente pela locação, e só na véspera da festa descobriam que tinha feito o pagamento para golpistas.“Também ofertavam produtos e serviços como fretes que não eram atendidos. As pessoas faziam pagamentos antecipados e não entregavam. Às vezes os criminosos também faziam compras de produtos e enviavam comprovantes falsos de pagamento (pix) para a vítima”, explica o delegado Nixon Kennedy, que comanda a investigação.  No caso dos comprovantes falsos de transferência, o golpe só funcionava pelo descuido das vítimas que não conferiam as próprias contas bancárias para confirmar a entrada do dinheiro.“A gente sempre divulga esse tipo de golpe, mas a população continua sendo descuidada”, acrescentou o delegado.Delegado Nixon Kennedy conversa com policiais de várias delegacias antes da operação. Fotos: PC/Divulgação9 prisões foram cumpridas na zona sulInvestigados foram levados para a delegaciaSuspeitos tiveram a prisão preventiva decretada e estão prestando depoimentos. Foto: Leonardo MeloA polícia identificou três criminosos como os líderes do grupo. O restante oferecia as próprias contas bancárias para receber os pagamentos das vítimas ou iam buscar os produtos comprados de anunciantes que entregavam as mercadorias sem checar as próprias contas bancárias.Até agora, 27 vítimas procuraram a delegacia de polícia para denunciar o grupo que responderá por organização criminosa, falsidade ideológica e fraude eletrônica.Além da 9ª DP, participaram da operação policiais da DPC e da Core.

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