Na quinta-feira, 20, uma equipe de salvamento do Corpo de Bombeiros do Amapá (CBM-AP) realizou uma simulação de resgate no balneário da Fazendinha, na Zona Sul de Macapá. A ação demonstra o preparo dos profissionais para agir em casos de afogamento nas praias e balneários do estado, onde o movimento cresce durante o verão e as férias escolares.
Só este ano, foram 16 casos de afogamento registrados no Amapá, por isso a necessidade de redobrar os cuidados, como detalha o bombeiro militar sargento Alberto Neto.
“Existem muitos fatores que devem ser levados em consideração para garantir a proteção tanto do adulto quanto da criança e a maioria deles é de fácil execução para o banhista”, pontua.
No verão, o Corpo de Bombeiros tem reforçado a atuação em áreas de grande circulação, como Macapá, Santana, Laranjal do Jari, entre outros. O sargento Alberto Neto explica que o ideal é acionar um profissional capacitado para atender as situações.
Diversão com cuidados
Na praia da Fazendinha, a dona de casa Marian Brito, de 39 anos, acompanhou a simulação. Ela aproveitou a tarde de férias para tomar um banho com o filho de 2 anos, Dimas Eloan. Para ela, a segurança é uma parte fundamental nesses momentos.
“Quando venho com ele, não bebo, não me distraio, fico 100% de olho, até entrar na água entrei, mesmo não querendo, tudo para garantir que ele fique seguro e aproveite”, conta a dona de casa.
“No caso de afogamento, sabemos que, no calor da emoção, as pessoas tendem a querer ajudar, mas isso pode ser um risco; o primeiro passo é manter a calma e acionar o profissional capacitado mais próximo, que pode ser um bombeiro ou guarda-vidas”, detalha.
Cuidados no verão
Segundo o sargento Alberto Neto, os banhistas precisam ficar atentos a quatro dicas fundamentais para a proteção.
“Quem vai aproveitar um banho de rio e está com crianças, deve evitar o consumo de bebibas alcoólicas, isso porque é importante estar preparado para qualquer adversidade e a sobriedade ajuda na hora de tomar a decisão mais acertada”, explica o militar.
Deixe o celular de lado
O sargento Alberto Neto reforça a importância de ter atenção ao que está fazendo, isso significa deixar o celular de lado e garantir os olhos atentos, principalmente às crianças e idosos.
“Muitos acidentes acontecem rápido nas águas, em questão de segundos, por isso que a desatenção é uma das principais culpadas pelos afogamentos, sobretudo, de crianças”, reforça.
Colete salva-vidas
Para maior proteção, a equipe do Corpo de Bombeiros Militar reforça que o uso de colete é o mais indicado para a proteção nas águas, isso porque o equipamento cobre todo o dorso dos banhistas e conta com fechos mais adequados para a água. As bóias, por outro lado, podem representar risco pela facilidade de furar e soltar do corpo.
Mantenha a pessoa perto
Quando se trata de idosos, crianças e até mesmo adultos, em águas pouco conhecidas, é importante manter o parceiro de banho a um braço de distância para garantir agilidade no salvamento em caso de afogamento próximo.
“Essa distância garante que a pessoa que está se afogando seja puxada para a superfície e seja salva”, explica.
Além das dicas, é importante que o banhista conheça suas limitações e funções em uma situação de crise. Evitar fazer salvamos por conta própria evita tragédias e ligar para o 193 é a ação mais responsável a ser feita.