O Governo do Amapá instituiu na sexta-feira, 30, o novo Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna, com o objetivo de identificar as causas e fatores determinantes para a morte de mulheres, além de apontar medidas efetivas para o cuidado com a saúde feminina.
O comitê estava parado desde 2007 e, agora, reúne representantes de instituições governamentais e da sociedade civil que tenham como área de atuação a saúde feminina. A primeira reunião do grupo está marcada para acontecer em agosto de 2023.
Segundo a responsável técnica de Saúde da Mulher, Rosa Muniz, vai atuar especialmente nos casos onde o óbito materno é evitável.
“A mortalidade materna é um grande desafio na saúde, e o comitê reúne vários atores que discutem, analisam todas as causas da mortalidade materna e, com base nesses dados, organiza ações para prevenir as causas que levam ao óbito dessa mulher. É através dos indicadores que vamos conseguir saber como está sendo prestada a assistência às mães durante a gravidez e o puerpério”, explicou Rosa.
A diretora do Hospital da Mulher Mãe Luzia, Cristiane Barros, vê a ativação do comitê como um marco para mudar as perspectivas na saúde da mulher. Até junho deste ano, o hospital já registrou três óbitos de mulheres que procuraram a maternidade após o nascimento dos seus bebês.
“Esse é um indicador que vem diminuindo a cada ano, e com o comitê, as mulheres terão uma expectativa melhor de atendimento. O hospital já possui um núcleo de epidemiologia para identificar causas, e esperamos discutir e ajudar, através do estudo dos indicadores, na criação de políticas públicas voltadas para esse cuidado”, disse Cristiane.
