Na manhã desta quarta-feira, 29, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a Polícia Civil e o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), com apoio da Polícia Militar (PM-AP), deflagraram a Operação Bessa para enfrentamento a grupos criminosos no Amapá.
Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, com 13 prisões em flagrante, apreensão de 7 armas de fogo, 95 munições de diversos calibres, quantia em dinheiro no valor de R$ 3,1 mil, além de 26 porções de cocaína, 2 de maconha e 43 de crack. A ação contou com 150 agentes de segurança e aconteceu em vários bairros de Macapá e dentro do Iapen, com revista nos pavilhões.
Também houve a apreensão de 8 celulares e de materiais usados para o embalo e comercialização dos entorpecentes. Todas as apreensões, segundo a Sejusp, serão utilizadas em investigações futuras para que novas intervenções sejam feitas contra as ações criminosas no estado.
De acordo com o secretario adjunto de Segurança Pública, Paulo Reyner, a estratégia estava sendo organizada desde o mês de novembro do ano passado e partiu das investigações da Coordenadoria de Inteligência de Operações da secretaria e da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas da Polícia Civil.
“Percebemos um aumento na criminalidade nos últimos meses e desenvolvemos uma ação integrada visando a diminuição desses índices, principalmente os índices de homicídios na capital. Notamos que desde o mês de fevereiro já tivemos essa redução e a Sejusp desenvolveu um plano de ação com enfrentamento efetivo contra os grupos criminosos”, destacou.
O nome da operação é uma homenagem ao policial civil Guaraci Almeida Bessa, profissional atuante no combate ao crime no Amapá, que faleceu no início desta semana.
Dentro da penitenciária, participaram 24 policiais penais, alunos do Curso de Formação e membros do Grupo Tático Prisional (GTP), além do Canil da Polícia Militar. Os materiais apreendidos serão encaminhados para o Núcleo Disciplinar para que apure a conduta dos internos e também para a Polícia Civil, para que prossiga com as investigações.
Para o diretor do Iapen, Luiz Carlos Gomes, essa é uma ação importante, integrada entre as forças de segurança e que envolve o trabalho de inteligência para fortalecer a segurança pública e desarticular criminosos dentro do presídio.
“Nosso objetivo principal foi a busca pela materialidade das condutas dos homicídios que vem ocorrendo desde o mês de novembro e com o deferimento desses mandados, através do trabalho da Draco da Polícia Civil, começaremos a destrinchar a autoria e materialidade dos crimes de homicídio entre os grupos criminosos”, esclareceu
A Sejusp garantiu que novas incursões serão desenvolvidas para combater os delitos e trazer paz para a população.
“A Segurança Pública é uma das prioridades do Governo do Estado e o plano é que as forças de segurança pública trabalhem de forma integrada. Essas ações vão se estender de maneira ininterrupta em toda a gestão até que tenhamos baixas taxas de criminalidade no estado”, adiantou Paulo Reyner.